Este website utiliza cookies que facilitam a navegação, o registo e a recolha de dados estatísticos.
A informação armazenada nos cookies é utilizada exclusivamente pelo nosso website. Ao navegar com os cookies ativos consente a sua utilização.

Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Aniversário do Politécnico de Portalegre Três doutoramentos aprovados e alojamento gratuito para os melhores

18-11-2024

O Politécnico de Portalegre assinala, dia 25 de novembro, mais um aniversário. Com 3200 alunos, um número que desde 2019 tem vindo a crescer de forma sustentada, a instituição tem em curso projetos estruturantes e diferenciadores. Luís Loures, presidente do Politécnico, fala das novas residências e da requalificação das existentes, da construção da nova escola de pós-graduação no seu Campus, das intervenções na Escola de Educação e Ciências Sociais, em Portalegre, e de Biociências, em Elvas. De caminho anuncia a aprovação de três doutoramentos que abrirão no próximo ano, nas áreas de Agricultura Sustentável, em associação com o Instituto Superior de Agronomia; em Economia Circular, em associação com a Universidade de Évora (estes dois serão atribuídos por todas as instituições); e em Hidrogénio e Gases Renováveis, em parceria com a Tecnológica Federal do Rio de Janeiro (atribuído apenas pelo Politécnico de Portalegre).
Para além dos três doutoramentos aprovados, o Politécnico de Portalegre irá apostar em novas ofertas formativas. Uma delas passa pela “Tecnologia de produção de Canabis”. Um Ctesp que decorrerá na Escola de Biociências, em Elvas, e que arrancará no próximo ano letivo”. Ao nível das licenciaturas, ja este ano abriu as licenciaturas em Engenharia Civil e Fisioterapia que preencheram praticamente todas as vagas disponíveis.
Fala ainda no reconhecimento do mérito académico, garantindo que os alunos deslocados na instituição, que tenham entrado com média igual ou superior a 17 valores, tenham alojamento gratuito e propinas pagas. De igual modo todos os alunos da região (que não tenham a média igual ou superior a 17 valores) mas que escolham o Politécnico e tenham que estar deslocados beneficiarão de 50% no valor do alojamento. “Queremos captar os melhores”, sublinha.

Crescimento
e orçamento

“Num ano em que a grande maioria das instituições de ensino superior do interior do país reduziu a entrada do número de alunos pelo Concurso Nacional de Acesso nós conseguimos crescer ligeiramente. A realidade é que, desde 2019, temos estado sempre a crescer em número de novos alunos. O nosso Plano Estratégico apontava para que tivéssemos em 2027 três mil alunos. Em seis anos crescemos 1500 alunos. O nosso objetivo é que no novo Plano Estratégico até 2030, possamos atingir os 3500 ou 3600 alunos. Esse é o número que nos garantirá a sustentabilidade com base no Orçamento de Estado que o Governo nos atribui”, explica o presidente da instituição.
Luís Loures recorda que o Orçamento de Estado que “recebemos paga apenas 73% das despesas com o pessoal”. Para fazer face ao orçamento global da instituição, de 28,5 milhões de euros (do OE recebe cerca de 12 milhões), o Politécnico de Portalegre tem apostado na candidatura e na concretização de projetos. “Só na Unidade de Investigação Valoriza temos mais de 50 projetos financiados. Temos vários projetos avolumados de muitos milhões de euros. Neste momento temos 33 milhões em projetos financiados, nos quais não estão incluídos os do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, adianta.

Projetos
em toda a linha

“No âmbito do PRR fomos uma instituição que apresentou candidaturas aprovadas em todos os avisos lançados. Isso refletiu-se, por exemplo, no alojamento escolar, onde tivemos aprovadas a construção e requalificação de residências”, refere Luís Loures.
Este facto garante um aumento significativo do número de camas em Portalegre: na residências dos Assentos passaremos a ter 280 camas; na rua Direita teremos 79; na nova residência teremos 204; estão a ser construídos 9 apartamentos T0 para investigadores e doutorandos. A estes números junta-se a oferta privada com mais 80 camas. “Para além disso, fizemos um pedido para a cedência de um antigo internato, onde vamos investir cerca de 300 mil euros para mais cerca de 50 camas”, acrescenta.
Em Elvas, cuja escola de Biociências tem neste momento 600 alunos, surgiu um problema que resulta da construção da ligação em TGV entre Lisboa e Madrid, por Badajoz. Isto fez com que o mercado de arrendamento ficasse lotado pelas empresas construtoras, deixando os alunos com dificuldades em arranjar quartos. Nesse sentido, ainda no mandato do professor Albano Silva, foi feito um trabalho no sentido de sensibilizar a autarquia para essa questão, pois a nossa residência só tem 80 camas. A autarquia foi sensível e apostou na construção de uma nova residência, para 80 camas, com um investimento de cerca de quatro milhões de euros, que acabaria por ser financiada por fundos comunitários.
Em Elvas Luís Loures fala também da cedência, por parte do município de Elvas, das instalações da antiga escola secundária, para aí ser instalada uma parte da Escola de Biociências, pois o Quartel do Trem já não é insuficiente. “O nosso plano é termos 800 alunos em Elvas, mas já estamos a ter aulas nas piscinas e no estádio. Essa escola secundária vai ser recuperada por nós. Neste momento estamos a elaborar o projeto e o objetivo é que possamos instalar aí CTESP, Microcredenciais e cursos de curta duração, deixando nas atuais instalações a componente de investigação e os outros cursos”.
Para além daqueles investimentos, o Politécnico de Portalegre tem em curso outras obras. Na Escola de Educação e Ciências Sociais (ESECS) estão a decorrer obras de requalificação, no valor de 1,5 milhões de euros. “No âmbito do Fundo Ambiental estamos a intervir, ao nível da eficiência energética, na escola de Biociências, na ESECS, no campus e na residência de Elvas”, esclarece. Investimentos que só são possíveis porque o Politécnico tem meios para assumir a sua parte dos custos. “Se assim não fosse, de pouco adiantariam os financiamentos pois faltaria o resto”, frisa.
No campus, e no âmbito do PRR, está também a ser construída a escola de pós-graduações. “Será um edifício, com 10 salas (algumas com capacidade para 100 alunos e pensadas em novas metodologias de ensino) e dois auditórios, que nos permitirá libertar espaço na Escola Superior de Tecnologia, Gestão e Design. Temos o problema de não podermos crescer mais em alunos de licenciatura ou de pós-graduação, pois as salas estão sempre ocupadas”, esclarece.
Luís Loures acredita que a nova escola possa estar concluída em meados de 2025, podendo entrar em funcionamento no ano letivo de 2025/26.

Voltar