Para prevenir abusos sexuais é preciso trabalhar com as crianças, e no contexto social e familiar onde se inserem, como também intervir junto dos abusadores. A tese é defendida pela psicóloga Rute Agulhas que no próximo mês apresentará o primeiro relatório do Grupo VITA, criado por iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, divulgando, ao mesmo tempo, o manual de prevenção da violência sexual no contexto da Igreja Católica. Em entrevista, refere que a violência sexual é um problema de saúde pública.
O Major-general Isidro Morais Pereira defende que «é preciso pagar convenientemente a quem quer servir a pátria» e alerta que estamos a chegar a um ponto em que «há mais chefes do que índios.» Sobre a guerra na Ucrânia, o comentador televisivo admite que «uma vitória russa seria uma catástrofe para o mundo ocidental» e argumenta ainda que o reacender do conflito no Médio Oriente «serve os interesses» do país presidido por Putin.
No ano do centenário do nascimento de Eduardo Lourenço, recuperamos a entrevista que o pensador e filósofo português nos concedeu em julho de 2007. O autor do “Labirinto da Saudade”, que faleceu no final de 2020, com 97 anos, defendia que o Estado deve incentivar e privilegiar os candidatos aos cursos de ciências exactas, como forma de criar elites em domínios onde existem lacunas.
O pintor e ceramista Manuel Cargaleiro continua a querer “transmitir algo de belo e de bom” na sua obra, que despontou há mais de oito décadas, quando tinha apenas oito anos e começou a fazer bonecos de argila.
Desde muito nova apaixonada pelo jornalismo, Rita Rodrigues teve na exaustiva cobertura que fez da Jornada Mundial da Juventude o ponto alto da sua carreira profissional e que recordará para sempre, também do ponto de vista pessoal, pelas felicitações que o Papa Francisco lhe dirigiu no dia do seu aniversário, no voo de regresso a Roma.
É urgente tomar medidas «céleres e estruturantes» para mitigar o desconforto térmico em muitos lares do nosso país. O ambientalista Francisco Ferreira alerta ainda que numa altura em que o planeta se confronta com três crises – ambiental, biodiversidade e de recursos – é imperioso reduzir o consumo e alterar o modo como vivemos. A chave para a mudança pode estar na escola, mas para isso é preciso reativar a mobilização estudantil para as causas do clima.
Carlos Neto afirma que o paradigma escolar não promove o tempo para a brincadeira e outras atividades informais, à margem da sala de aula. O especialista em desenvolvimento infantil critica a «visão cartesiana», em que dentro do portão da escola só entra o cérebro, enquanto o corpo fica do lado de fora. Para contrariar a «hipocondria digital» que se apoderou da vida dos jovens e do meio escolar, preconiza uma utilização mais equilibrada e regulada dos dispositivos digitais.
Não prevê se, por estes dias, faz chuva ou sol, mas estuda os padrões e as estruturas que conduziram ao estado do Tempo em determinado período ou região. Carlos da Câmara defende que a ação do Homem está cada vez mais presente nas alterações climáticas. O professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa alerta ainda que o sul de Portugal evoluirá, rapidamente, para um clima próprio do norte de África.
Portugal é um país com crónicos problemas estruturais e em muitos domínios continua a fazer «omeletes sem ovos». O professor e economista Pedro Brinca acredita, contudo, que podíamos «exportar educação de uma forma brutal.» Sobre a progressão, a alta velocidade, da Inteligência Artificial vislumbra muitas vantagens, mas também admite que «a tecnologia conduza a uma polarização de rendimentos, ao aumento de tensões e a desigualdades.»
João Goulão admite que a competência da “resiliência digital” não está suficientemente desenvolvida junto dos jovens, deixando-os mais expostos à dependência dos ecrãs. O diretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) acrescenta que o trabalho nesta área terá também de ser preventivo, ao nível da literacia. Relativamente ao preocupante fenómeno em crescimento das «raspadinhas», defende um maior controlo sobre a acessibilidade da sua compra e nos próprios pontos de venda.
Defensora de um feminismo em que homens e mulheres tenham uma igualdade plena, nomeadamente de oportunidades, Helena Ferro de Gouveia admite também que a «síndrome do silêncio» das vítimas de assédio moral e sexual está a esbater-se, mas defende a generalização das comissões independentes, como aconteceu na igreja.
É a grande discussão dos nossos dias, mas os principais países do mundo e as próprias universidades pouco ou nada têm feito para, respetivamente, regular e refletir, sobre os impactos das tecnologias de ponta nas suas múltiplas dimensões. A opinião é defendida por Luís Moniz Pereira. O português, um dos maiores especialistas nesta temática, defende que a «IA devia ser utilizada em proveito de todos e não em proveito só de alguns.»
Teresa Paiva é uma das maiores especialistas da medicina do sono. A neurologista e investigadora considera que dormir mal sai caro à saúde das pessoas, mas também à produtividade das empresas e à economia dos países.
Aos 16 anos, estudante do Conservatório de Castelo Branco, assumiu também as funções de professor assistente de António Saiote naquela instituição. Carlos Alves, Clarinete Principal Associado na Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, é um dos músicos portugueses mais conceituados internacionalmente. Professor principal de Clarinete na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART), foi artista e professor convidado da Universidade do Estado do Arizona (EUA) em 2009 e 2010 e é o diretor de um dos principais festivais internacionais de clarinete que se realizam no nosso país.
A Investigadora especializada no período do Estado Novo não tem o antídoto contra o avanço populista, em Portugal e no resto do mundo, mas deixa conselhos. Irene Flunser Pimentel defende um «cordão ético e sanitário» no Parlamento e a «moralização e reforma» dos partidos políticos. Na área do ensino, argumenta, convictamente, que as disciplinas de História e Filosofia devem ser lecionadas, transversalmente, até ao final da escolaridade obrigatória.
Os resultados do investimento em ciência podem tardar, mas chegam, sempre. A ideia é defendida por Zita Martins, uma cientista portuguesa reconhecida internacionalmente e que está envolvida em missões espaciais que procuram saber se existe vida noutras partes do sistema solar e até do universo. Regressou a Portugal após 16 anos no estrangeiro com um objetivo: servir, retribuindo o que o país lhe deu.
Se os serviços públicos deixarem de ter capacidade para formar médicos capazes, em número suficiente, há o risco de que, daqui a algum tempo, não existam profissionais nem para o SNS nem para o setor privado. O alerta é da ex-ministra da Saúde, Ana Jorge, que defende também o «facilitar da ligação e da comunicação» entre os centros de saúde e os hospitais.
Cândida Pinto é uma referência, com mais de 30 anos de carreira, na cobertura jornalística de conflitos um pouco por todo o mundo. A guerra na Ucrânia foi o mais recente desafio para a repórter da RTP, na companhia do operador de imagem, David Araújo.