Na revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), os deputados devem ter em atenção “o adequado financiamento que as instituições do ensino superior de regiões transfronteiriças, como o IPG, devem ter e não asfixiá-las financeiramente ano após ano”, afirmou hoje Joaquim Brigas, presidente do Politécnico da Guarda (IPG) ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, durante a sua visita à Escola Superior de Turismo e Hotelaria, em Seia, a 10 de fevereiro.
O regresso da possibilidade de alunos internacionais e de regimes especiais poderem matricular-se até 30% além do total de vagas das instituições de ensino superior e a garantia de equidade às instituições do interior na contratação de investigadores altamente qualificados, são outros dois aspetos que devem merecer a atenção da Assembleia da República quando a revisão do RJIES for discutida, afirmou Joaquim Brigas.
Ainda durante a visita, organizada no âmbito da iniciativa ‘Parlamento Próximo’, Aguiar-Branco ouviu o responsável do IPG afirmar que sem aquelas condições, “não há política de coesão territorial no que respeita ao ensino superior, como não há apoio ao interior nem à sua capacidade para atrair e fixar quadros”, ou seja, “os politécnicos e as universidades destes territórios não conseguirão cumprir a sua missão”.