O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai reorganizar os seus currículos e dar formação específica aos docentes para trazer alunos estrangeiros para os seus cursos, nomeadamente de universidades de França, Espanha, Roménia e Itália que integram a Rede de Universidades Europeias UNITA. Serão criados novos cursos, com inovações que irão aumentar a disponibilidade de serviços educativos digitais como cursos online, videoconferências, webinars, entre outros.
O projeto ‘UNITA – Receitas para a Internacionalização’ terá a duração de três anos e será cofinanciado em 400 mil euros pela União Europeia. Para além da adaptação dos conteúdos dos cursos e curricula das licenciaturas, “irá ajudar a melhorar a formação dos docentes e prestar apoio aos diretores dos cursos de licenciatura que desejem melhorar a internacionalização dos seus currícula”.
Para além do Politécnico da Guarda, e sob a coordenação da Universidade Savoie Mont Blanc de Chambery (França), participam no projeto a Universidade Pública de Navarra (em Pamplona, Espanha), a Universidade Transilvânia de Brasov (Roménia) e a Universidade de Estudos de Brescia (Itália). Outras universidades da UNITA deverão depois juntar-se a este grupo inicial.
Segundo Manuel Salgado, vice-presidente do IPG, “internacionalizar os programas de licenciatura e de mestrado é uma prioridade”. Para o coordenador no IPG dos programas Erasmus+, “é também prioritário desenhar mecanismos de apoio económico adicionais à mobilidade dos alunos da Ação Social Escolar, por forma a que as suas limitações económicas não os impeçam de frequentar uma parte dos seus cursos no estrangeiro”.
O projeto irá desenvolver o ‘Guia UNITA RECIPE’, um guia digital de fácil utilização para a divulgação internacional de programas de estudo junto de diretores dos cursos de licenciatura. O guia incluirá 25 ‘receitas’ que podem ser implementadas para esse fim. Será também criada uma ferramenta de autoavaliação da internacionalização dos cursos de cada instituição, a qual permitirá monitorizar cerca de 150 currículos das universidades participantes.
“Decidimos criar o Guia digital e uma ferramenta digital de autoavaliação para proporcionar um amplo acesso às tecnologias digitais”, afirma Manuel Salgado. “Atualmente a componente digital é parte integrante das práticas universitárias, pelo que pretendemos tirar partido de duas plataformas já existentes: o Campus Virtual da UNITA, e o site da UNITA para a divulgação dos resultados do projeto, e a Cloud de Dados da UNITA para apoiar o trabalho colaborativo.”