A Universidade de Évora, em parceria com a Fundação António Pargana, realizou no dia 22 de outubro, em Estremoz, mais uma sessão formativa no âmbito do curso “Portugal, País Improvável! Uma visão integrada sobre Portugal”.
A formação destinou-se a “a estudantes universitários, pré-universitários, luso-descendentes e luso-falantes”.
Em informação partilhada com o Ensino Magazine, é explicado que “este programa de formação gratuito oferece uma visão abrangente e atual sobre o país, explorando dimensões da geografia, política, história, economia, sociedade e diáspora portuguesa, através de aulas, visitas de estudo e atividades imersivas, entre as quais se inclui uma deslocação à Assembleia da República, em Lisboa”.
O curso em Estremoz contou com mais de vinte participantes os quais puderam conhecer de perto o património geológico e industrial da região, com destaque para uma visita às Pedreiras de Mármore e ao Centro Ciência Viva de Estremoz (CCVEstremoz). Durante a visita, puderam observar e compreender o processo de extração e corte do mármore, bem como refletir sobre os impactos ambientais associados à exploração desta rocha ornamental.
A sessão foi dinamizada por Rui Dias, docente do Departamento de Geociências da Universidade de Évora, que conduziu uma apresentação sobre a história do mármore, explicando como se origina esta rocha a partir do calcário, através de um processo de metamorfismo que ocorre em profundidade, sob altas pressões e temperaturas, resultando na recristalização dos minerais e na formação de uma estrutura mais densa e cristalina.
O docente promoveu ainda um momento experimental, com a utilização de ácido clorídrico para demonstrar a reação com o carbonato de cálcio, e desafiou os participantes a refletirem sobre a “Sustentabilidade Insustentável”, uma abordagem crítica que procurou questionar o equilíbrio entre desenvolvimento e preservação ambiental.
No Centro Ciência Viva de Estremoz, os estudantes exploraram também a exposição “A Ampulheta dos Milhões”, que permite visualizar de forma concreta a escala dos grandes números — uma experiência que ajuda a compreender a dimensão temporal da História do Universo e da Terra, com os seus 4 550 milhões de anos.
A visita terminou na nova exposição interativa “Rovin dos Mares: uma viagem aos fundos oceânicos”, concebida em parceria entre o Centro Ciência Viva de Estremoz, a Estrutura de Extensão da Plataforma Continental e a Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora. Nesta instalação, os visitantes são convidados a embarcar numa viagem virtual a bordo do “Estremoz Yellow Submarine”, recuando 500 milhões de anos para explorar a evolução dos oceanos até à atualidade.