A produção artesanal de aguardentes em Moçambique pode representar um sério risco para a saúde pública. A conclusão é de Gercílio Luís Chichava, que analisou amostras de aguardente tradicional, como a nipa e o sope, recolhidas nas províncias de Manica, Sofala e Gaza.
As bebidas, que são produzidas sem regulamentação, apresentaram níveis elevados de cobre, um metal que, se ingerido em excesso, pode causar problemas neurológicos, hepáticos e renais.
“Quem as consome tem em geral bochechas inchadas, irritações nos olhos e na pele, envelhece depressa e já não trabalha para sustentar a família, mas para obter bebida”, referiu o investigador, nos laboratórios do Departamento de Química da ECUM, vindo ao abrigo do Programa Erasmus+.
O investigador, que teve a nota máxima (20 valores) na monografia da sua licenciatura, explica que a ausência de um procedimento padronizado, o uso de tambores corroídos e a má qualidade da água contribuem para a contaminação.