Ana Paula Duarte anunciou a sua candidatura ao cargo de reitora da Universidade da Beira Interior (UBI), cujas eleições se realizam este ano. O anúncio foi feito através de uma comunicação à academia. Esta é para já a primeira candidatura anunciada a um cargo a que o atual reitor, Mário Raposo, não se recandidatará. Cabe agora ao Conselho Geral aprovar o calendário eleitoral e o respetivo regulamento para que o processo tenha início.
Professora catedrática da UBI, Ana Paula Duarte é vice-presidente da Faculdade de Ciências da Saúde e, no passado, já exerceu o cargo de vice-reitora. Ao Ensino Magazine justifica a sua decisão, reservando-se apresentar as linhas gerais do seu programa, em primeiro lugar, ao Conselho Geral da instituição.
Quais as razões que a levaram a tomar essa decisão?
Atendendo ao contexto atual e convicta de que o meu percurso académico, profissional e pessoal, desde que entrei na UBI em 1987 como Assistente Estagiária, serão uma mais-valia para este cargo, decidi, após muita ponderação, que me devia candidatar. Estou convicta que a experiência adquirida nos diversos cargos por onde passei neste longo percurso, pode fazer a diferença. Todos foram importantes, desde presidente de Departamento, coordenadora de unidade de investigação, vice-presidente de Faculdade, mas sobretudo o de vice-reitora, pois este último permitiu-me uma visão mais global sobre a Universidade, os diversos serviços e departamentos que a compõem, bem como uma interação próxima com um leque muito alargado de pessoas. Ao longo deste percurso, acredito que mostrei a minha capacidade de liderança, de trabalho e de diálogo, características que considero fundamentais para o desempenho deste cargo.
O que irá destacar no seu plano de ação?
O programa e o plano de ação está a ser pensado e trabalhado de forma participada, pois considero que só ouvindo as diversas perspetivas é possível apresentar um plano para o futuro da UBI que seja forte, abrangente, partilhado e diferenciador. Considero ainda que a apresentação das principais linhas estratégicas do projeto deve ser feita, em primeiro lugar, à comunidade Ubiana, no momento próprio dentro do calendário eleitoral a definir pelo Conselho Geral da UBI.
Como perspetiva o futuro da UBI?
Com uma visão estratégica bem definida, a UBI deve posicionar-se para lidar com os desafios que se apresentam ao ensino superior em geral, e à UBI em particular, afirmando-se como uma referência a nível nacional e internacional, formando profissionais preparados para responder aos desafios globais, contribuindo para a resolução de problemas da região, mas também do país e do mundo, assumindo-se como um agente de desenvolvimento do território, sempre de uma forma sustentável, responsável e inclusiva.
Como pretende envolver a academia no seu projeto?
Estou comprometida em liderar este projeto de forma transparente e participada, envolvendo os diferentes stakeholders da academia, estudantes, docentes, investigadores e funcionários, todos eles fundamentais para a construção e afirmação da UBI. Este compromisso estende-se, obviamente, a toda a comunidade que nos acolhe, dado que reconheço o impacto que a UBI tem enquanto motor de desenvolvimento da região.