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Universidade Universidade de Évora faz ciclo formativo "Artes não é comigo"

29-10-2025

A Universidade de Évora promoveu, no dia 28 de outubro, a segunda sessão do ciclo formativo "Artes não é comigo". A iniciativa reuniu estudantes, docentes e a comunidade, e teve como tema "Artes é com Toda a Gente".

Estes conjunto de pequenos cursos é promovido pela vice-reitora para a Cultura e Comunidade, Ana Telles, e tem como objetivo - assumidamente provocatório - "demonstrar que as Artes, a Arquitetura e o Design não são apenas para iniciados, mas podem (e devem!) estar ao alcance de todos e todas".

Em informação veiculada ao Ensino Magazine, Ana Telles, explica que o ciclo pretende precisamente desconstruir a ideia de que as artes são distantes ou elitistas. “Artes não é comigo é uma frase que muita gente diz, mas com este ciclo queremos mostrar que as artes e a cultura podem e devem ser para todos nós. Estes minicursos de apreciação artística são uma forma de abrir portas e aproximar a Universidade da comunidade", refere.

Nesta segunda sessão o convidado foi José Alberto Gomes Machado, professor catedrático Emérito da Universidade de Évora, que orientou o encontro partilhando reflexões sobre o papel da arte na vida humana e na própria identidade da instituição.

Na sessão, o professor "convidou os participantes a refletir criticamente sobre a forma como percecionam e se relacionam com a arte, desafiando-os a desconstruir ideias feitas e a reconhecer o potencial transformador da criação artística no quotidiano. Num diálogo aberto e estimulante, o professor incentivou a pensar a arte não apenas como objeto de contemplação, mas como prática viva que atravessa o pensamento, a emoção e a vida em comunidade", sublinha a Universidade de Évora na mesma nota.

“Durante 40 anos dei aulas de História da Arte na Universidade de Évora, uma casa com uma qualidade estética, visual e arquitetónica que faz do trabalho um prazer. Ainda não se conheceu na história um conglomerado de pessoas que não tenha produzido arte, em qualquer que fosse a sua forma”, disse, para depois refletir sobre a relação entre amor, conhecimento, beleza e bem: “a ideia de que ‘quanto mais se ama, mais se quer conhecer’ aplica-se também à nossa relação com a arte. O simples gesto de ouvir música é já um reconhecimento pela harmonia dessa arte. E não falamos apenas de consumir arte, mas também de quem tem a capacidade de a produzir — de como personalizamos os espaços que habitamos e os tornamos nossos”.

 

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