A Universidade de Évora (UÉ) assinalou, no passado dia 24 de setembro, os 50 anos da revolução dos cravos com uma mesa redonda e um concerto.
O evento "Arautos da Liberdade" foi realizado numa altura em que a UÉ está a comemorar os 50 anos da sua refundação.
De resto, na sua intervenção, a reitora Hermínia Vasconcelos Vilar sublinhou isso mesmo. "A Universidade de Évora, tal como outras instituições de ensino superior em Portugal, é um fruto direto das reformas que, ainda que iniciadas antes da revolução, foram determinantes para a sua evolução. Essa conquista de Abril marca a nossa realidade enquanto país", disse.
Citada na nota enviada ao Ensino Magazine, Hermínia Vilar destacou "que o alargamento do sistema de ensino abriu portas a novos grupos sociais e democratizou o acesso à educação superior, dando as mesmas oportunidades a todos".
A reitora aproveitou ainda o momento para deixar um alerta sobre "os sinais preocupantes que, a nível nacional e internacional, questionam conquistas que antes pareciam inabaláveis".
A mesa redonda, moderada pelo docente da UÉ, Pedro Russo Moreira, decorreu, durante a tarde, na Sala dos Docentes, onde participaram Luísa Amaro, a primeira guitarrista profissional de guitarra portuguesa, Carlos Alberto Moniz e Francisco Fanhais, ambos músicos e colaboradores de José Afonso, e de Manuel Pedro Ferreira, professor catedrático responsável pelo espólio de José Mário Branco.
Citada na mesma nota, Ana Telles, Vice-Reitora para a Cultura e Comunidade da UÉ, professora e musicóloga, realçou "a necessidade de manter viva a memória do 25 de Abril, especialmente junto das novas gerações. Garantir que as conquistas da democracia e da liberdade sejam compreendidas e valorizadas é uma responsabilidade coletiva, e a música continua a ser um poderoso meio de transmissão dessas memórias"..
O evento terminou com um concerto, no auditório Christopher Bochmann, no Colégio Mateus d'Aranda, de Carlos Alberto Moniz e o Rumos Ensemble.