A Universidade da Beira Interior está a implementar, até setembro de 2026, o seu programa de promoção da saúde mental e do bem-estar dos estudantes, “Altamente Saudáveis”. Em nota enviada à nossa redação, a UBI refere que o projeto inclui um vasto conjunto de medidas ativas de prevenção e intervenção e está a ser coordenado pela Vice-Reitoria da Qualidade, Responsabilidade e da Ação Social.
Citada na mesma nota, Amélia Augusto, vice-reitora para a Qualidade, Responsabilidade e da Ação Social, explica que “as ações visam dar uma resposta mais adequada às necessidades de desenvolvimento pessoal, social e profissional dos estudantes da UBI ao longo do percurso académico e na transição para o mercado de trabalho, favorecendo as condições de inclusão, integração e abertura à diversidade e ao bem-estar global”.
“A mais-valia do plano da UBI foi reconhecida na avaliação da candidatura feita ao Programa de Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior, da Direção-Geral do Ensino Superior, que vai financiar as atividades com 361 mil euros”, esclarece a academia.
O plano passa pela reestruturação e reforço do Gabinete de Apoio Psicológico e por dar à comunidade académica conhecimentos que permitam atuar na área da saúde mental. Estão previstas campanhas de sensibilização, a organização de Workshops e Seminários, a formação de “Porteiros Emocionais” (Programa de Treino para Docentes, Funcionários e Estudantes), e a criação de Grupos de Apoio de Pares (Linha de Apoio Emocional de Pares e Grupo de Apoio de Pares dirigidos à Comunidade LGBTQIA+).
O projeto terá uma vertente de comunicação através de meios online – nomeadamente do portal da UBI e do desenvolvimento de uma “app”, a “AltaMENTE UBI”, que integre funcionalidades de promoção do autocuidado e de promoção da saúde mental e a divulgação das atividades desportivas e de bem-estar, cuja promoção regular será outra das medidas.
No que diz respeito à vertente da avaliação e monitorização, está previsto identificar os principais desafios e preocupações em relação à saúde mental e fazer um inquérito anual que, entre outras informações relevantes, rastreie a satisfação com a vida, as crenças associadas à doença mental e o rastreio de sofrimento emocional.
Além da prevenção, o plano prevê dar uma resposta terapêutica para as perturbações mentais comuns. Isto passa por rastreios que conduzam a possíveis fases de intervenção: manual de auto-ajuda; grupos de apoio; intervenção psicológica individual; intervenção médica ou psiquiátrica; e, se necessário, encaminhamento para serviços de saúde parceiros ou outras respostas terapêuticas externas na comunidade.