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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Universidade Hermínia Vilar aposta numa universidade líder e global em defesa da região

13-05-2022

A nova reitora da Universidade de Évora (UÉ), Hermínia Vilar, considera que a segunda universidade mais antiga do país deve assumir-se como elemento central na defesa da região do Alentejo. “Estou empenhada em protagonizar esse discurso e levar as questões da região, as suas dificuldades de crescimento, a todos os níveis que forem necessários, com o apoio das instituições de ensino do sul, comissão de coordenação ou autarquias”, disse.

As declarações da nova reitora foram feitas aos jornalistas à margem da sua tomada de posse, no passado dia 10 de maio.

Já no seu discurso - e após ter sido empossada no cargo pelo presidente do Conselho Geral, João Carrega -, Hermínia Vilar tinha abordado essa questão, sublinhando a ideia de que “as designadas Universidades do interior, e alargo este termo às instituições de ensino superior, não são apenas polos de formação e de produção de conhecimento com qualidade e reconhecimento internacional, são instituições dinamizadoras das regiões em que se inserem, centros de incentivo à fixação e à permanência de investigadores, de empresas, mas também de jovens que precisam e querem, em alguns casos, fixarem-se”.

No seu entender, “as instituições de ensino superior são elementos imprescindíveis à coesão do território e, diria mesmo, à sobrevivência do país, numa perspetiva devidamente articulada e integrada”.

A nova reitora defende que o interior do país “é um elemento central do equilíbrio nacional. Neste sentido a estabilidade política que se antevê para os próximos quatro anos constitui um enquadramento privilegiado para se pensarem novos fundamentos para uma política de equilíbrio entre regiões, cimentada num conceito de regulação e de equilíbrio e capaz de ultrapassar a fragilidade da representatividade política- eleitoral de alguns territórios e logo o seu menor peso político”.

 

Subfinanciamento e alojamento

 


A nova reitora considera que questões como o subfinanciamento das instituições de ensino superior, e no caso concreto da Universidade de Évora, devem ser resolvidas. “Embora esta constatação não tenha nada de novo, vale sempre a pena relembrar que as Instituições de Ensino Superior não têm a massa salarial dos seus colaboradores assegurada pelo Orçamento de Estado, sendo necessário recorrer a receitas próprias”.

Hermínia Vilar acrescenta: “o aumento dos encargos com elementos essenciais como o gás e a eletricidade não deixará de ter impacto gravoso na gestão de cada instituição. Já sem falar no aumento dos encargos com obras, em alguns casos indispensáveis para o cumprimento de compromissos assumidos no âmbito de projetos e de diferentes programas de financiamento. A este nível o cumprimento do Programa de Recuperação e Resiliência coloca problemas específicos, dadas as contingências temporais colocadas para a sua realização, o que implicará um compromisso acrescido por parte das Instituições, mas também a necessidade de um maior diálogo com a tutela para o seu cumprimento”.

A falta de alojamento para alunos e investigadores é outra das questões que a nova reitora pretende ver resolvida. “Para que nos seja possível atrair e fixar estudantes e investigadores há que ter residências e assegurar alojamento. Espero em breve voltar a falar com o presidente da Câmara de Évora sobre este assunto, da mesma forma que espero também o resultado, positivo, da 1ª fase de candidaturas ao Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior”, reforçou. A questão do alojamento foi também sublinhada pelo presidente da associação académica, Henrique Gil, no seu discurso.

 

Desafios e desenvolvimento

 

Para Hermínia Vilar, “os próximos anos serão ainda marcados por dois outros desafios: a integração dos investigadores contratados e a necessidade de rejuvenescimento do corpo docente e não docente de muitas instituições. Teremos de pensar em soluções coordenadas e abrangentes que incluam as diferentes instituições e estou convicta que o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas poderá assumir um papel central na definição de propostas de solução. Mas permitam-me também realçar a necessidade de um maior diálogo e interação com a Fundação para a Ciência e Tecnologia”.

A reitora sublinha que “há que assumir a capacidade de liderança da Universidade de Évora em áreas estratégicas, as quais resultam da investigação e do esforço de equipas e que sejam capazes de ultrapassar opções meramente pessoais”.

Pretende, por isso, “reforçar os mecanismos internos de coesão e de diálogo, valorizar a Universidade como espaço de trabalho e as pessoas que nela colaboram, valorizar a participação nos órgãos e esclarecer competências. Procurámos verter essas preocupações na própria orgânica da equipa reitoral, mas, sobretudo, tentaremos concretizá-lo na prática quotidiana. Tal como escrevi no meu programa, se as universidades são espaços de debate, as universidades devem ser igualmente exemplos de boas práticas, de transparência nos processos e devem ser capazes de demonstrar que o diálogo não é sinónimo de ineficácia nem de falta de eficiência, nem é contraditório com urna liderança forte, coesa e coerente”.

 

Mudança e rede do superior

 


A sessão solene teve início com a intervenção da reitora cessante, Ana Costa Freitas, que aproveitou o momento para apresentar, em traços gerais, as principais medidas adotadas no decurso dos dois mandatos em que esteve à frente da instituição, destacando os factos de “de ter dado uma saída para um futuro curso de medicina, com a criação do Centro Académico Clínico do Alentejo C- TRAIL aprovado por portaria no passado dia 25 de março 2022 e com a aprovação sem condições do curso de Ciências Biomédicas e da Saúde já em abril e que espero possa funcionar já em 2022/2023, apoiado também por uma cátedra patrocinada pela Siemens e pelo curso de CF que também esperamos abrir em Outubro de 2022; e de ter criado o departamento de engenharia com grande reforço de recursos humanos e a abertura para o aeroespacial, em ligação forte com o CEiiA que patrocina, aliás, uma cátedra a primeira entre muitas que foram criadas nestes 8 anos”.

 

 

 

A equipa

 


Hermínia Vilar aproveitou a cerimónia para dar posse aos vice-reitores, João Valente Nabais, professor do Departamento de Ciências Médicas e da Saúde, com a tutela Políticas para a Vida na Universidade e relações com a Comunidade; Ana Paula Canavarro, professora do Departamento de Pedagogia e Educação, com a tutela para a Educação e Inovação Pedagógica e Paulo Quaresma, professor do Departamento de Informática, como vice-reitor para Investigação, Inovação e Internacionalização.

Já no que respeita aos pró-reitores, tomaram posse Ana Fialho, professora do Departamento de Gestão, como pró-reitora para o Planeamento e Finanças; Vítor Nogueira, professor do Departamento de Informática, para Transformação Digital e Ciência Aberta; Clarinda Pomar, professora do Departamento de Pedagogia e Educação, como pró-reitora para a Gestão académica e acreditação; Paulo Mendes, professor do Departamento de Química e Bioquímica, pró-reitor para o Campus e Infraestruturas, bem como Augusto Peixe, professor do Departamento de Fitotecnia, pró-reitor para a Apoio às Unidades científico pedagógicas.

Professores da Universidade na sala dos docentes, antes do cortejo académico

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Estudantes e o seu grito académico

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Autarquias e Governo cientes da importância da rede de ensino superior

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Professores da Universidade na sala dos docentes, antes do cortejo académico

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A sala de atos foi pequena para acolher todos os que quiseram participar na cerimónia

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Sessão de cumprimentos nos claustros da Universidade

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