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Universidade Cientistas desenvolvem novo material para substituir o plástico

17-06-2022

Uma equipa de investigadores liderada pela Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu um substituto do plástico a partir de nanocelulose combinada com um mineral fibroso, totalmente biodegradável e biocompatível, com várias aplicações, por exemplo, em embalagens alimentares e impressões eletrónicas, abrindo portas à fabricação de plásticos mais sustentáveis.

O novo material foi desenvolvido ao longo dos últimos três anos, em parceria com o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e a Universidade da Beira Interior (UBI), e com a colaboração da empresa espanhola TOLSA,  no âmbito do projeto ‘FilCNF: Nova geração de filmes compósitos de nanofibrilas de celulose e partículas minerais como materiais de elevada resistência mecânica e propriedades de barreira a gases’, financiado, no valor de 190 mil euros, pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

A solução ecológica, que na prática se traduz numa nova classe de filmes compósitos, foi produzida a partir de “nanocelulose, obtida através de processos mecânicos, químicos e enzimáticos, combinada com um mineral fibroso, um recurso geológico que permite a redução de custos e a melhoria de propriedades mecânicas e de barreira muito importantes. Mecânicas, porque estes filmes têm de ser resistentes, e de barreira, dado que estes filmes têm de possuir impermeabilidade aos gases, ou seja, resistência ao ambiente”, afirmam José Gamelas e Luís Alves, coordenador do projeto e investigador principal do estudo, respetivamente.

A grande inovação deste novo substituto do plástico é o uso de “minerais fibrosos, que não têm qualquer risco para a saúde, e também a preparação dos filmes por filtração, o que acelera muito o processo de produção. Por exemplo, com o processo convencional pode durar uma semana até se obter os filmes, enquanto através do método por filtração, conseguimos ter os mesmos filmes em poucas horas e com melhores propriedades”.

Os resultados obtidos até agora são altamente promissores, demonstrando que esta pode ser uma solução de futuro viável, conforme revelam várias publicações científicas, entre elas o artigo mais recente.

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