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Universidade Borras de café melhoram argamassas

17-06-2022

Em Portugal são consumidas diariamente mais de 34 toneladas de café que acabam no lixo, pelo que duas investigadoras da Universidade de Aveiro (UA) contribuíram para a descoberta de que as borras de café, quando adicionadas a argamassas de reboco usadas na construção civil, promovem uma enorme melhoria na eficiência energética dos edifícios.

Publicada na revista Construction and Building Materials, a descoberta potencia a utilização das borras de café como matéria prima que de outra forma vai parar a aterros sanitários, uma prática com enormes custos ambientais e económicos, e, ao mesmo tempo, diminui a necessidade do consumo de matérias primas virgens usadas até agora nas argamassas de reboco.

“Por todo o mundo, só em 2021 o consumo de bebidas à base de café foi de cerca de 9.978 milhões de quilos”, sublinha Paula Seabra, investigadora do Instituto de Materiais de Aveiro (CICECO) que, a par de Marinélia Capela, também do CICECO, assina o trabalho que contou com a participação de investigadores da Universidade de Palermo (Itália) e do Instituto de Nanotecnologia de Lecce (Itália).

 

Olhando para a Europa, onde cerca de 75 por cento das construções não são energeticamente eficientes – “prevê-se que a maior parte das mesmas, em 2050, ainda estarão a ser usadas” – e numa perspetiva de reabilitação dos mesmos, os investigadores concluíram que se as atuais argamassas de reboco forem constituídas por 10 por cento de borras de café, substituindo estas o material agregado usualmente areia, estas “promovem uma diminuição da sua condutividade térmica de cerca de 47 por cento, logo podem contribuir para melhorar a eficiência energética dos edifícios”.

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