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Universidade Aveiro teme catástrofe

10-12-2020

As temperaturas da Península Ibérica vão aumentar de forma “muito preocupante” durante este século, alerta um estudo da Universidade de Aveiro, que prevê aumentos da temperatura média de 2 a 3 graus ao longo de todo o ano, até 2100, o que é suficiente para causar graves impactos no meio ambiente e, por consequência, na saúde pública. Há mesmo regiões que poderão registar aumentos de 4 a 5 graus centígrados nas máximas diárias.
“As implicações poderão ser enormes”, alerta o investigador David Carvalho, com base nos aumentos de temperatura detetados no estudo que coordenou. O cientista do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar antevê que “o número de dias por ano com temperaturas máximas acima dos 40 graus centígrados poderão aumentar até cerca de 50 dias por ano no final deste século”.
De caminho, reforça: “daqui a décadas poderemos ter 3 meses por ano onde as temperaturas máximas diárias são acima de 40 ºC, se bem que esta tendência é mais predominante no centro-sul de Espanha e não tanto para Portugal”. Aumentos que, a acontecerem, “trarão de certeza consequências significativas para a saúde humana, mas principalmente para o meio ambiente e em áreas como a agricultura, os fogos florestais, a desertificação ou a seca”.
Publicado na revista Climate Dynamics, o estudo assinado pelos investigadores do CESAM David Carvalho, Susana Cardoso Pereira e Alfredo Rocha projetou e analisou as temperaturas de superfície na Península Ibérica para dois períodos futuros, o primeiro de 2046 a 2065 e o outro de 2081 a 2100.

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