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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Agrupamento de Escolas da Baixa da Banheira, Vale da Amoreira, Moita Redes para a inclusão

26-04-2021

O Agrupamento de Escolas da Baixa da Banheira, Vale da Amoreira, Moita, criado no ano letivo de 2019/2020 encontra-se incluído no programa de Territórios de Intervenção Prioritária (TEIP) e é constituído por quatro unidades: a Escola Secundária (sede), a Escola Básica do Vale da Amoreira, duas Escolas Básicas do 1º Ciclo, com Jardim de Infância, num total de 1400 alunos distribuídos pelo pré-escolar (168), 1.º ciclo (366), 2.º ciclo (173), 3.º ciclo (205), secundário (64), cursos profissionais (138), cursos de educação e formação (287), dos quais 125 alunos com Necessidades Educativas Especiais (Educação Especial). Na totalidade dos alunos do agrupamento, 548 são beneficiários de escalão A do Apoio Social Económico (ASE) e 116 são beneficiários do escalão B.
A região de implantação das diferentes escolas, o Vale da Amoreira, foi criada como zona habitacional em 1970 e registou um crescimento exponencial da sua população a partir de 1974, momento em que se instalaram famílias provenientes de diferentes países, em particular do continente Africano, com destaque para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – PALOP, (33% de Cabo Verde, 23% de Angola, 22% da Guiné, 7% de Moçambique e 8% de São Tomé). Nos diferentes bairros sociais existentes é também notável o elevado número de pessoas de etnia cigana, juntamente com alguma população autóctone, que contribuem para um mosaico cultural muito diversificado.
De uma forma geral a população é economicamente carenciada, os agregados familiares são numerosos e o nível de escolaridade é baixo. Observamos muitos jovens desocupados em espaços públicos e a diferentes horas do dia e da noite, que se encontram em risco de comportamentos desviantes e de exclusão social. Este problema social tem uma dimensão conjuntural, mas também tem uma dimensão estrutural já que assistimos a fenómenos de modelagem comportamental e de reprodução sócio cultural do fenómeno da exclusão social, com a exposição das crianças e jovens, a modelos familiares já preexistentes.
Entre os desafios que se colocam à Escola destaca-se a formação pessoal e social dos alunos como cidadãos ativos, participativos e responsáveis na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, no quadro do respeito pela diversidade, pela defesa dos direitos humanos e pela democracia.
Entre os projetos em curso destacamos Redes para a Inclusão, em parceria com a AMI e com o CLAIM, que tem como objetivo promover o acesso à informação que permita o conhecimento dos direitos básicos, no âmbito da nacionalidade, da saúde, da educação, da habitação e do apoio social e jurídico a todos os alunos recém chegados ao Agrupamento e o Bilhete de Identidade Cultural, desenvolvido numa dinâmica interdisciplinar, que deverá potenciar o aumento do conhecimento da história pessoal, familiar e comunitária dos alunos, de modo a que esse conhecimento possa contribuir para construir a sua identidade e valorizar a interculturalidade como um património da humanidade, que pode permitir encontrar soluções locais para os problemas mundiais a nível económico, social, político e ecológico.

Paula Galvão Miranda
Coordenadora do projeto UNESCO
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