A Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP) pediu a "intervenção urgente" do Governo na resolução da situação de dezenas de alunos estrangeiros impedidos de vir estudar para Portugal devido a atrasos nos pedidos de vistos.
A APESP diz que o Consulado Português de Deli “tem pendentes dezenas de pedidos de visto de estudantes universitários que pretendem ingressar em instituições de ensino superior” para prosseguir os seus estudos de mestrado em áreas como fisioterapia, turismo, economia ou engenharia civil.
Uns aguardam meses por uma autorização, mas também há quem esteja há mais de um ano à espera por uma resposta dos serviços consulares nacionais, alerta a associação.
Em agosto, a APESP alertou o Ministério dos Negócios Estrangeiros para o problema, que desde então se agravou com mais casos de alunos. Agora decidiu enviar uma carta ao ministro Paulo Rangel.
Na missiva, pede uma “audiência urgente” e apela para que se proceda à regularização do funcionamento dos serviços consulares em Deli e para que se criem soluções transitórias que minimizem o impacto para os estudantes e instituições.
Os estudantes foram admitidos a cursos de mestrado, cumpriram os requisitos académicos e financeiros e pagaram “integralmente as propinas”, mas “ainda nem sequer conseguiram agendar uma entrevista para o pedido de visto”, garante a APESP.
A associação indica que há mais de 60 alunos a aguardar pelo visto, sendo que alguns deles “realizaram os seus pedidos de visto entre outubro e novembro de 2023”.