O projeto MUSCLEPEN, apresentado por uma equipa da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, composta pelas enfermeiras recém-diplomadas Ana Gil e Inga Donici, e pelo professor José Hermínio Gomes, foi o grande vencedor do Concurso Poliempreende deste ano. A decisão foi tomada na Universidade da Madeira, entre os dias 3 e 4 de setembro, durante a final daquele que é o maior desafio de empreendedorismo realizado no ensino superior português e que tem os patrocínios da Fundação Santander Portugal, do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos e da Ordem dos Contabilistas Certificados.
O projeto vencedor arrecadou o Prémio Comendador Rui Nabeiro, no valor de 10 mil euros, e pretende desenvolver um dispositivo tecnológico inovador, destinado a pessoas com necessidade de administração regular de medicação, bem como a cuidadores informais e a organizações de saúde.
Na segunda posição ficou a proposta da equipa do Politécnico de Porto, com o projeto Braining, uma plataforma Inteligência Artificial que ajuda a prevenir lesões cerebrais e abrandar a progressão neurodegenerativa.
A terceira posição foi para o docente André Moreira e as estudantes Carina Alves, Catarina Kudryk, Cristina Henriques e Diana Rocha do Politécnico da Guarda. A equipa beirã apresentou o projeto MicroCycle, que consiste num patch anticoncepcional que oferece uma libertação controlada de duas hormonas com efeito prolongado até três meses, sendo uma solução prática e com menos efeitos colaterais que os métodos tradicionais.
O júri do concurso presidido por Elsa Fernandes, vice-reitora da Universidade da Madeira, foi composto por Álvaro Costa, diretor da OCC, Ângela Lemos, representante do (CCISP), Carla Rodrigues, representante da Fundação Santander Portugal e Carlos Lopes, representante da Startup Madeira.
O concurso valoriza a investigação aplicada realizada por estudantes, investigadores e docentes das escolas politécnicas, impulsionando o desenvolvimento de ideias inovadoras e projetos de impacto.
O concurso, criado em 2003 pelo Politécnico de Castelo Branco, já proporcionou a criação de cerca de 100 empresas no país e envolveu mais de 12 mil estudantes, num total de 1700 projetos.