O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) viu duplicado o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de uma nova residência estudantil, que vai contar com um apoio de mais de 4,9 milhões de euros.
O IPG revelou ter sido informado pela Agência Nacional Erasmus+ que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação enviou para publicação no Diário da República este reforço do financiamento para o projeto a construir no campus da instituição.
“Os 2.512.140 euros atribuídos em 2024 tornaram-se agora 4.905.096,62 euros, quase duplicando o montante inicialmente concedido”, realçou o Politécnico da Guarda num comunicado enviado à agência Lusa.
O concurso público para a construção da nova residência de estudantes, que vai disponibilizar 152 camas, foi lançado em 13 de maio com um preço-base de três milhões de euros mais IVA.
O procedimento estabelecia o dia 27 de maio como data-limite para apresentação de propostas e um prazo de execução da empreitada de 330 dias.
Na altura, Joaquim Brigas, presidente do Politécnico, disse à agência Lusa que a obra significa “um reforço no alojamento de estudantes e a diminuição da quantidade de alunos que são colocados na Guarda e vão embora por não conseguirem arranjar alojamento”.
O equipamento foi validado e homologado, em outubro de 2024, pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, num investimento estimado de 3,7 milhões de euros financiado em 85 por cento pelo PRR, ou seja, 2,5 milhões de euros.
Contudo, o IPG não se conformou com o montante atribuído e reclamou junto da agência e da tutela, tendo conseguido que a residência seja financiada com “os valores máximos” previstos por lei.
“Esta decisão honra a Agência Erasmus+ e o ministro Fernando Alexandre, os quais, chamados a atenção para a injustiça que estava a ser feita ao Politécnico da Guarda, tiveram a grandeza de corrigir o erro: são atitudes de louvar e de reconhecer”, elogiou agora o presidente do IPG.
Para Joaquim Brigas, foi “feita justiça ao IPG e à necessidade que esta instituição tem de disponibilizar mais camas a um número crescente de alunos”.
“Importa agora que o processo continue a avançar rapidamente no terreno”, considerou.
O Politécnico da Guarda também viu aprovada uma residência de estudantes para Seia, com 101 camas, que resultará da reconversão de uma antiga fábrica têxtil da cidade para alojamento dos alunos da Escola Superior de Turismo e Hotelaria.
“A futura residência vai ser fundamental para captar mais estudantes para Seia num futuro próximo”, considerou Joaquim Brigas, que sublinhou o facto de a Câmara Municipal de Seia se ter associado “nesta reta final ao processo de concretização do projeto”.
Já na Guarda há outro projeto adjudicado pelo município, por 4,5 milhões de euros, para a construção de uma residência de estudantes com 128 camas a disponibilizar aos alunos do Politécnico.