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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVIII

Instituição assinalou 45 anos Politécnico de Portalegre já captou 35 milhões euros em projetos

11-12-2025

O Instituto Politécnico de Portalegre (IPPortalegre) captou, nos últimos anos, mais de 35 milhões de euros, em mais de 70 projetos financiados. Os números foram divulgados pelo presidente da instituição, no passado dia 25 de novembro, durante o Dia da instituição, onde Luís Loures sublinhou a presença dos anteriores presidentes da instituição, “Nuno Oliveira, Joaquim Mourato e Albano Silva. Não me canso de repetir, sempre, o quão importante é para nós contar com a vossa participação, o vosso compromisso e a vossa dedicação, na vida do nosso Politécnico”.
No início do seu segundo mandato como responsável máximo pelo IPPortalegre, Luís Loures - que recebeu do Ensino Magazine uma salva de mérito dedicada ao instituto pelos seus 45 anos de vida e pelo trabalho desenvolvido em prol da região e do país -, lembrou que de 1800 alunos o Politécnico passou para “3200 estudantes”. Os números revelam ainda que foram incubadas 40 empresas - start-ups e spinoffs - que em conjunto representam já mais de 140 postos de trabalho.
O dinamismo foi também vincado com a assinatura de um novo protocolo de colaboração com a Universidade Tecnológica Federal do Rio de Janeiro, rubricado na sessão com o reitor da instituição brasileira, Maurício Mota.
“Inovámos, transferimos tecnologia e valorizámos o conhecimento, contribuindo para combater o despovoamento territorial, fixando anualmente cerca de 1200 novos estudantes, dos quais, mais de 80% são de fora do distrito. Mostrámos que o investimento no Politécnico de Portalegre continua a ser um investimento seguro, que permite afirmar a região, e contribuir para o seu desenvolvimento. Mostramos que por cada euro que o estado investe no politécnico, o retorno é já superior a 5 euros, demonstrando assim que o investimento neste setor tem o potencial necessário para se constituir como um fator diferenciador, capacitador e promotor da famigerada coesão territorial”, reforçou.
Luís Loures considera a presença do Politécnico de Portalegre como decisiva. “A verdade é que infelizmente ao longo dos últimos 14 anos, Portalegre continua a perder população a um ritmo assustadoramente alarmante. São aproximadamente 19 mil pessoas em 14 anos. E é neste contexto, de um país cada vez mais inclinado para o mar, que as instituições de ensino superior, enquanto bastiões da investigação, da inovação, do conhecimento, da cultura e da democracia, continuam a ser um garante de estabilidade e coesão territorial, capaz de contribuir para a valorização do conhecimento”.
O presidente do IPPortalegre criticou as medidas tomadas recentemente pela tutela, no sentido de aumentar as vagas em todas as instituições de ensino superior; a exigência de mais exames para a conclusão do secundário (que este ano já retirou milhares de estudantes das candidaturas) e o modelo de financiamento das IES. “De nada nos vale ter um programa de governo que refere por 44 vezes a coesão territorial, e a coesão económica e social, se depois, as medidas que são preconizadas e implementadas, funcionam como autênticos garrotes ao desenvolvimento do interior e das instituições que nestes operam. Esta instabilidade decorrente de fatores externos, incontroláveis e difíceis de prever, teima em tornar o nosso papel cada vez mais complicado... contribuindo para a degradação das condições de funcionamento das instituições de Ensino Superior do interior do país, numa clara tendência para o gigantismo, esquecendo-se de forma recorrente de que as áreas de baixa densidade, mesmo considerando apenas aquelas inscritas no Programa Nacional de Coesão Territorial, representam 2/3 do território e por isso mesmo têm que estar no centro das políticas públicas”.
“Acredito que estaremos todos de acordo, relativamente à iniquidade e à falta de razoabilidade desta medida, creio que esta deveria ser uma luta de todos aqueles que ainda acreditam que é possível contribuir positivamente para um país mais, equilibrado, mais justo e onde todos contam, independentemente do número de deputados que cada território elege para a assembleia da república. No Politécnico de Portalegre continuamos a acreditar que podemos fazer diferente, e é por isso mesmo que nos temos mantido fieis aos nossos princípios, debatendo-nos por uma política territorial mais justa, e demonstrando que é possível criar condições de atratividade no interior do país, que é possível investigar a partir do interior do país e que é possível inverter a lógica das coisas, desde que sejamos capazes de cumprir algumas condições, que sendo simples, estão naturalmente dependentes da vontade de muitos daqueles que tendo responsabilidades de gestão, têm também consigo a obrigação de querer cooperar mais, e de começar a ver a virtude no bem coletivo em detrimento do interesse pessoal.”, considerou, para depois lembrar que “todos somos precisos” para levar a bom porto a estratégia da instituição.
E foi num momento de comunhão que a sessão foi encerrada, com o reconhecimento aos colaboradores da instituição.

IPPortalegre
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