António Belo tomou posse, no passado dia 17 de fevereiro, como presidente do Instituto Politécnico de Lisboa. Com ele foram também empossados os seus vice-presidentes Cristina Borges, Liliana Caetano, Maria Annes e Ricardo Pinheiro, e as pró-presidentes Cátia Vaz e Maria João Horta.
Com o lema “IPL mais próximo”, António Belo traçou, na sua intervenção, as linhas estratégicas de ação, as quais “convergem para um objetivo principal, o de criar um ambiente mobilizador, propício à criatividade e à inovação, que valorize e motive as pessoas e aprofunde o sentimento de comunidade”.
António Belo anunciou uma maior proximidade com os estudantes “para garantir a diminuição significativa de situações de exclusão ou abandono dos estudos por razões económicas ou outras que colocam o Estudante em situação de desvantagem perante os seus pares. Há que definir políticas inclusivas e de equidade, políticas que diversifiquem os tipos de apoios disponíveis para os estudantes”.
Uma proximidade que inclui docentes e pessoal técnico, defendendo um IPL mais plural, inclusivo, e integrador com o foco em combater as disparidades sociais, e impulsionar outros fatores que possam promover o sucesso académico e combater o abandono académico motivado por falta de recursos. “Iremos estar abertos a quem se quer qualificar, contribuindo de forma decisiva para a diversidade e coesão social”, disse.
Numa cerimónia presidida por David Justino, enquanto presidente do Conselho Geral, o António Belo falou também de inovação pedagógica. “Para inovar em termos pedagógicos, duas apostas serão decisivas: a de desenvolver um modelo pedagógico a implementar; e a de disponibilizar um plano de formação ambicioso para o corpo docente do Politécnico de Lisboa. Será essencial, para fazer vingar estas apostas, a criação e dinamização do Centro de Inovação Pedagógica, enquanto estrutura nuclear para a formação e o apoio a docentes, no que se refere à aquisição de novas competências no domínio pedagógico e das práticas formativas. Para adaptar a oferta formativa do IPL a um contexto de mudança acelerada, para além de alterações curriculares nas nossas licenciaturas e mestrados, esta adaptação pressupõe uma maior participação em programas de Doutoramento e a criação de cursos técnicos superiores profissionais”.
Ao Ensino Magazine o novo presidente do IPL defendeu um sistema único de ensino superior e anunciou o regresso ao CCISP. “Pretendemos ser um parceiro ativo na construção de respostas para os desafios que se colocam ao ensino superior e, em particular, ao ensino politécnico, sobretudo no contexto atual, em que se prepara uma reforma legislativa, que terá grande impacto em todos nós”, reforçou no seu discurso.
Na sua intervenção abordou ainda a questões da investigação e da internacionalização, terminando com dois outros compromissos: “com a cultura, e em particular com as artes e humanidades; e com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”.