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Politécnico Especialista de Coimbra alerta cuidado com as acácias

19-02-2025

“As acácias, originárias da Austrália, são espécies invasoras e estão a expandir-se de forma descontrolada, ameaçando outras espécies, os ecossistemas, a nossa qualidade de vida e até a economia”. O alerta é de Hélia Marchante, professora da Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) e investigadora no CERNAS.

As espécies de acácias, como a mimosa (a que os cientistas chamam Acacia dealbata), a austrália (Acacia melanoxylon), a acácia-de-espigas (Acacia longifolia), entre outras, foram introduzidas em território nacional para fins ornamentais, para controlo da erosão e outros fins. Contudo, “estas plantas são agora uma das maiores ameaças à biodiversidade em Portugal”, assevera. “Substituem as espécies autóctones, alteram o solo, reduzem a disponibilidade de água e criam um monopólio verde que sufoca a diversidade natural”.

Mas “os impactes das acácias vão para além da ecologia”, explica Hélia Marchante. “O pólen destas é alergénico, afetando a saúde respiratória de muitos cidadãos. Para quem sofre de rinite ou asma e vive/trabalha perto de acácias, esta pode ser uma época especialmente difícil. Além disso, os custos económicos associados à remoção destas plantas e ao impacte em setores como a floresta são significativos, reforçando a necessidade de intervenções coordenadas e continuadas”.

Como soluções parciais, aquela especialista aponta a possibilidade dos cidadãos contribuírem para o registo de existência de acácias,  além de evitarem a plantação de acácias, apoiarem ações de controlo, como por exemplo participando na ‘Semana sobre Espécies Invasoras: Portugal & Espanha’, que decorrerá este ano de 3 a 11 de maio de 2025. Os cidadãos podem ainda organizar ou participar noutras atividades programadas e exigirem mais ação das autoridades competentes.

Os interessados em saber mais sobre como controlar as acácias, podem consultar o Manual de Boas Práticas para a Gestão e Controlo de Plantas Invasoras Lenhosas em Portugal Continental, publicado recentemente por Liliana N. Duarte, Elizabete Marchante e Hélia Marchante.

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