O Politécnico de Coimbra vai acolher uma oficina da Propress - Associação Portuguesa de Jornalistas, que pretende ser um espaço especialmente vocacionado para a construção de novas plataformas e produtos de comunicação.
De acordo com o presidente da Propress, João Bizarro, este será um espaço de exercício ativo de partilha para o planeamento e a organização de iniciativas públicas e a construção de novas plataformas e produtos de comunicação, com garantia do exercício livre do jornalismo.
“Uma comunicação validada e de confiança num mundo em que esses valores estão em perigo”, garantiu.
A oficina irá abrir numa das denominadas Casas da Mata (Cor de Rosa) do Campus de Bencanta do Instituto Politécnico de Coimbra, no âmbito de um acordo para a cedência de utilização do edifício, a assinar na tarde da próxima sexta-feira.
O novo espaço criará condições para que “elevado potencial, ousadia, imaginação, inovação e liberdade sejam as normas de uma casa a frequentar sobretudo por jornalistas, alunos da área do jornalismo e da comunicação, e investigadores”.
Para o presidente do Politécnico de Coimbra, Jorge Conde, acolher a Propress em instalações deste estabelecimento de ensino superior "é uma forma de colocar o espaço ao serviço da sociedade, à semelhança de outras associações da área social que já foram acolhidas recentemente – como a PAJE - Apoio a Jovens (Ex)acolhidos e a Palhaços d’Opital”.
Jorge Conde entende que é missão do Politécnico de Coimbra contribuir para uma nova geração de profissionais cultos, esclarecidos e atentos às questões da desinformação e da importância de uma imprensa livre e tem a expectativa que a Propress "possa criar sinergias com os investigadores e estudantes do Politécnico, potenciando trabalhos académicos e iniciativas em comum".
A Propress – Associação Portuguesa de Jornalistas nasceu em outubro de 2024, “em profunda e instalada crise da comunicação social, marcada sobretudo pelo desaparecimento de órgãos da comunicação social e, consequentemente, de jornalistas”.
O desafio, lançado a partir de Coimbra, mas de caráter nacional, visa “congregar os jornalistas para encontrar caminhos que reafirmem a profissão como elemento essencial à democracia, num mundo em mudança”.
“Em primeira linha, os jornalistas têm a responsabilidade de construir essas respostas, em articulação, diálogo e parceira com os diversos atores do sistema mediático, sejam do mundo profissional, institucional, político, académico ou empresarial”, sustentou João Bizarro.