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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Carlos Brandão, presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (Publi-entrevista) 'Trabalhamos arduamente para ter uma taxa de empregabilidade de 96 por cento'

20-06-2024

Carlos Brandão, presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, refere que a instituição que dirige trabalha arduamente para ter uma taxa de empregabilidade de 96 por cento.

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril celebrou recentemente o seu 33.º aniversário, mas demonstra uma preocupação em acompanhar as necessidades dos setores do turismo, hotelaria e restauração. Nesse sentido, como perspetiva o próximo ano letivo?

A ESHTE foi pioneira em 1991, quando surgiu como a primeira escola superior de hotelaria e turismo de Portugal, mas não parou no tempo, nunca descansou à sombra dos sucessos ou do crescente reconhecimento nacional e internacional. Temos muito orgulho em apresentar uma taxa de empregabilidade de 96 por cento nas nossas Licenciaturas, um reflexo prático de uma estratégia que tem dado grandes frutos, sem que isso nos faça relaxar. Trabalhamos arduamente para ter estes indicadores e para nos mantermos na vanguarda, procurando continuar a proporcionar uma formação de excelência aos nossos estudantes, alinhada com as tendências e as necessidades dos setores. Para tal, todos os nossos cursos foram amplamente revistos, reformulados e readaptados, não apenas reformulações em termos de designação, mas também ao nível dos conteúdos programáticos, que foram melhorados e modernizados. Este novo elenco está concluído, por parte da ESHTE, mas estamos a aguardar que a Agência de Acreditação para o Ensino Superior dê por concluído o processo. Mal saia a almejada aprovação, iremos rapidamente fazer a conversão para a nova oferta.

Como descreve a oferta formativa da ESHTE e que áreas de conhecimento são cobertas pela mesma?

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril surgiu para preencher uma lacuna de formação superior no turismo, e continua a ser uma instituição muito focada em cobrir todas as áreas na esfera da sua competência, dentro do ensino superior, desde a gastronomia e a produção alimentar, passando pela hotelaria, pela gestão turística de produtos e empresas, pela gestão de lazer e animação turística e pela área da informação turística. Temos uma variedade de cursos com excelência reconhecida, como atesta a certificação dos nossos cursos pela Organização Mundial do Turismo. Apresentamos cinco Licenciaturas que são geralmente alvo de forte procura: Direção e Gestão Hoteleira (com uma taxa de empregabilidade de 97,2%), Gestão do Lazer e Animação Turística (93,6%), Gestão Turística (96,2%), Informação Turística (95%) e Produção Alimentar em Restauração (95,6%). No ano letivo 2023/24, por exemplo, tivemos um rácio de 3,47 candidatos por curso na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso. Para além disso, apresentamos uma proposta diversificada para os segundos ciclos, que são uma excelente complementaridade às licenciaturas. Contamos com seis mestrados (Gestão Hoteleira; Segurança e Qualidade Alimentar na Restauração; Inovação em Artes Culinárias; Turismo, com três ramos: Gestão Estratégica de Eventos , Gestão Estratégica de Destinos Turísticos, Planeamento e Inovação em Turismo Ativo e de Experiências e Turismo e Comunicação, em parceria com o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa), colaboramos ainda com o IGOT no Doutoramento em Turismo e realizamos vários cursos de formação avançada, apresentando como novidade para este ano letivo uma Pós-Graduação em Empreendedorismo e Gestão de Negócios em Turismo e Hospitalidade.

O que pode um aluno que esteja a preparar o ingresso no ensino superior esperar da formação na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril?

Congratulamo-nos com o facto de a ESHTE ter sido distinguida pelo segundo ano consecutivo com o prémio de Melhor Formação em Turismo. Naturalmente, teremos de associar esse reconhecimento a uma série de fatores, mas destacaria por exemplo a nossa preocupação constante em acompanhar as tendências dos setores e em garantir que os nossos cerca de 2.000 estudantes desenvolvam competências que sejam úteis para o mercado de trabalho. Outro aspeto relevante é a competência e experiência do nosso corpo docente. Temos cerca de 150/160 docentes e apenas um terço pertence aos quadros da instituição. O que significa que temos um grande número de docentes convidados que, na sua esmagadora maioria, são pessoas com ligação profissional ao setor. Beneficiamos igualmente da localização estratégica no eixo turístico de Lisboa/Cascais/Sintra, proporcionando aos nossos estudantes um ambiente único de aprendizagem, imerso num cenário rico em oportunidades e práticas reais na indústria do turismo.

Esses são os segredos para o sucesso da instituição na formação de futuros gestores hoteleiros, chefs ou outros quadros significativos nas suas áreas de atuação?

É inegável que muitos dos estudantes que concluíram os nossos cursos têm desempenhado funções relevantes em Portugal e no estrangeiro. Temos muitos jovens que chegam até nós com o desejo de serem diretores de hotéis ou chefs, mas essa é uma tarefa muito complexa e obriga a uma aprendizagem estruturada, para além de uma enorme dose de esforço dos próprios estudantes. A ESHTE, não sendo uma escola profissional, tem uma lógica de ensino aplicado de grau superior que é altamente valorizada pelos empregadores. O curso de Gestão Hoteleira, por exemplo, tem os fundamentos de gestão, mas depois centra-se naquilo que é a operação. Posso descrever um dos conceitos em que isso é evidente: a instituição usufrui de um restaurante de aplicação, três dias por semana, em que as refeições são confecionadas pelos estudantes da licenciatura em Produção Alimentar em Restauração e o restante processo é assegurado pelos estudantes de Gestão Hoteleira, seja a servir, a desempenhar funções de rececionistas, de chefs de sala, etc. Temos uma grande preocupação em que o ensino seja aplicado ao que o setor empresarial realmente necessita e é por isso que apresentamos aos nossos finalistas um cenário de quase pleno emprego.

Os estágios são um patamar fundamental para a integração dos estudantes no contexto de mercado de trabalho?

Sem dúvida. É por essa razão, precisamente, que os estágios têm um caráter obrigatório na ESHTE. Não raras vezes, as crescentes solicitações que nos chegam de empresas que pretendem receber os nossos estudantes em estágios resultam em propostas de trabalho após a conclusão dos cursos. No último Fórum Estágios e Carreiras tivemos mais empresas interessadas do que lugares disponíveis. Acabámos por receber 82 instituições, nacionais e internacionais, incluindo hotéis de países como Grécia, Itália, Estados Unidos da América, Bélgica e Países Baixos. Entretanto, formalizámos mais protocolos para realização de estágios, um deles com o prestigiado grupo Jumeirah Hotels and Resorts, do Dubai. Em 2023, entre 734 estágios de estudantes dos segundo e terceiro anos das licenciaturas, 90 foram realizados fora de Portugal, em 17 países distintos e este ano vamos seguramente bater um novo recorde. Isto porque a ESHTE é uma instituição de ensino de referência não só nos mercados nacionais, mas também nos internacionais, e a procura pelos nossos estudantes supera cada vez mais a oferta.

A celebração de protocolos com outras instituições de ensino, portuguesas e estrangeiras, faz parte da estratégia da instituição?

Está claramente no nosso plano de ação. Por um lado, temos recebido cada vez mais estudantes internacionais. Por outro, vão surgindo oportunidades de colaboração e cooperação, programas de intercâmbio e projetos de investigação conjunta. O mais recente protocolo foi celebrado com a Universidade Técnica de Ambato (UTA), uma das maiores e mais conceituadas universidades públicas do Equador, mas temos igualmente protocolos com instituições de Brasil, Macau, Cabo Verde, Moçambique e Guiné-Bissau, onde aceitámos o desafio de ajudar o Governo guineense a criar a primeira Escola Superior de Hotelaria e Turismo do país, em Bolama.

Quais têm sido os restantes focos de atuação da ESHTE?

Uma das principais preocupações tem incidido sobre a requalificação das instalações de que a escola usufrui. Estamos num processo de grande melhoria nesse sentido. Temos reforçado igualmente a nossa aposta na promoção da investigação, assim como na promoção do sucesso escolar e no combate ao abandono escolar. A esse nível, o Programa STEP - Student Transition and Engagement Program, iniciativa cofinanciada pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), já está a ser implementado na ESHTE desde setembro de 2023. Recentemente, foram aprovados o Programa STEP+, que dará continuidade ao trabalho já desenvolvido, e o STUDENTWELL-BE, um serviço de Saúde Mental e Bem-Estar, financiado no âmbito do programa da Saúde Mental no Ensino Superior da DGES. Destaco igualmente a capacitação digital, a prestação de serviços para a comunidade e o número crescente dos eventos organizados na ESHTE.

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