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Politécnico Politécnico de Setúbal: Projeto premiado junta estudantes e idosos

06-04-2022

O projeto de voluntariado “Comunidade para uma Vida Saudável”, do Politécnico de Setúbal, vencedor do Prémio de Voluntariado Universitário (PVU) Santander Universidades em 2019, está de regresso, após dois anos de interrupção devido à pandemia. Combater o isolamento social dos idosos de bairros carenciados de Setúbal através da atividade física é o objetivo do projeto.

Em nota enviada ao Ensino Magazine, o Politécnico esclarece que o projeto, que se prolonga até junho, envolve 30 estudantes do 3º ano da licenciatura em Desporto. "Deste modo os alunos têm oportunidade de aplicar alguns dos conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares do curso, nomeadamente as baterias de testes e a prescrição individualizada de exercícios para uma população específica”, explica, na mesma nota, Ana Pereira, coordenadora do curso.

“Estamos a falar de uma população acima dos 60 anos e a recetividade tem sido muito boa, porque todas as baterias de testes aplicadas são específicas e as pessoas correspondem. Não há nenhum teste ou atividade em que se sintam de alguma forma desenquadradas”, sublinha a docente.

Citado na mesma informação, João Pereira, um dos estudantes envolvidos, encara a participação neste projeto como “uma experiência muito válida” para o seu futuro profissional, dado “o espetro da população com quem podemos vir a trabalhar, que é muito amplo”. Em qualquer atividade física, em contexto de ginásio ou outro, “vão aparecer pessoas nesta faixa etária e nós temos que saber como avaliar a sua condição e quais os exercícios mais adequados”, acrescenta.

José Silvestre, 81 anos, é uma das pessoas que participa no projeto. “Não é vaidade nem presunção, mas perguntaram-me aqui se eu era atleta, se fazia ginástica. Eu era mecânico de automóveis, era a minha ginástica”, explica. 

Não sendo um programa desportivo ou de saúde, o Nosso Bairro, Nossa Cidade (NBNC) aparece ligado a este projeto de voluntariado do IPS pela vertente da atividade física, “por manifesto interesse por parte dos moradores, que decidem quais as atividades em que querem participar”, justifica Sara Gonçalves, da equipa de coordenação.

Segundo a técnica municipal, estes 14 participantes pertencem ao “grupo de moradores mais ativo fisicamente do NBNC. Sempre que houve abertura nos confinamentos eles vinham para a rua, para as caminhadas”. Agora, conclui, “é tentar manter a regularidade para que, em junho, quando voltarmos a fazer esta bateria de testes, seja possível para os estudantes ver a evolução que houve”.  

 

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