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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Opinião Como (posso) construir um futuro sustentável?

A resposta à emergência climática envolve políticas de adaptação e de mitigação, nomeadamente uma transição energética inteligente, onde a transformação digital que lhe está associada desempenha também um importante papel instrumental. São imperativos que polarizam desafios incontornáveis do nosso tempo. E, são mutas as evidências de que o aquecimento global, com as suas múltiplas consequências, está a fragilizar drasticamente a sustentabilidade de uma parte muito importante dos ecossistemas do planeta.  Podemos, se nada for feito, estar a caminhar para um “ponto de não retorno”. Aliás, no top 10 dos riscos globais do World Economic Forum (WEF) deste ano, são percecionados como sendo os mais severos para a próxima década, o “fracasso relativo à acção climática”, que ocupa o primeiro lugar, seguindo-se os incidentes climáticos extremos, a perda de biodiversidade, a erosão da coesão social e as crises de subsistência. Constitui, por isso, um imperativo de responsabilidade social global, envolver na resposta às urgências climáticas, todas as partes interessadas: as empresas, os sistemas de educação, ciência e tecnologia, governo e as suas instituições autónomas, e a comunidade.  E, não menos verdade, são também os nossos sistemas de valores e a nossa relação com os recursos naturais e os ecossistemas que tem que mudar.
Na escola, na universidade, na vida económica e social, o que (posso) fazer pelo desenvolvimento sustentável? Em que medida o conhecimento científico e tecnológico, e em particular a nova onda de inovações tecnológicas, ajudarão a trilhar os novos caminhos da sustentabilidade? E, que comportamentos vamos ter que alterar, qualquer que seja o nosso estatuto pessoal, profissional, empresarial ou outro? O que podem a educação e a formação fazer pela sustentabilidade? Como alterar o modo como nos relacionamos com os recursos e os ecossistemas naturais? E, como fazer da emergência climática e das soluções que estão a ser desenvolvidas e perspetivadas, os principais drivers do desenvolvimento económico e social das próximas décadas?
Estas são algumas interrogações consubstanciadas no desafio da Futurália 2022, lançado aos alunos e professores e às demais partes interessadas. Pretende-se debater e sinalizar boas práticas relacionadas com alguns dos ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da nossa responsabilidade social global, aliás plasmados na Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, assim como nos Acordos de Paris de 2015, ou mais recentemente no Pacto Ecológico Europeu.
Durante os 4 dias da Futurália, serão identificados um conjunto de projetos e boas práticas, desenvolvidas e apresentadas por empresas ou por jovens de diferentes escolas que procuram dar um contributo para esta reflexão que se impõe em torno dos eixos-chave do desenvolvimento sustentável: a transição energética e o ambiente , o clima e os oceanos.

André Magrinho
Conselho Estratégico da Futurália | Professor Universitário