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Shotgun 650 – Rebeldia As escolhas de Valter Lemos

18-03-2024

A Royal Enfield começou em 1901 no fabrico de bicicletas, motos e… armas. O seu modelo mais icónico é, se, dúvida, a Bullet (bala), fazendo jus a esse seu passado. A Shotgun é a interpretação mais recente dessa atitude. Motos “made like a gun” como refere a própria marca.

A moto é completamente “naked”, com motor, quadro, jantes e escapes em negro, estando ligeiramente apontados para cima e apresentando ponta estreita, lembrando duas metralhadoras montadas na traseira e apontadas para trás. Todo o aspeto se liga a um certo ar guerreiro e rebelde como é timbre das custom mais interessantes.

A Shotgun é mais uma Royal com o motor bicilíndrico de 648 cc e 47 cv, que já equipa a Interceptor, a Continental GT e a Super Meteor, com suspensão Showa com forquilha invertida à frente e travões de disco simples nas duas rodas, fabricados pela Brembo e ABS de duplo canal da Bosch, o que dá adequada garantia de qualidade.

Com um peso significativo de 240 Kg, beneficia, no entanto, de baixo centro de gravidade e uma altura de assento (795 mm) que permite a condução por condutores de qualquer estatura. O depósito de 13,8 litros, combinado com um consumo de 4,6 litros/ 100 Km, só autoriza uma autonomia inferior a 300Km, o que não sendo muito elevado é suficiente.

A instrumentação inclui dois mostradores redondos clássicos e permite emparelhamento com o telemóvel via Bluetooth, dispondo ainda de uma tomada USB, mas que não se encontra junto aos restantes instrumentos, mas escondida sob a tampa lateral.

A Shotgun tem preços que se iniciam nos 7400 euros, o que não sendo demasiado elevado, sempre é superior ao das suas conceituadas rivais como a Honda Rebel 500 (cerca de 7100 euros) ou a nova Kawasaki Eliminator 500 (6900 euros), ainda que bem abaixo da Vulcan (8400 euros) sendo que esta, embora com um motor de 650cc, se encontra num patamar superior.

Valter Lemos
Professor Coordenador do IPCB | Ex Secretário de Estado da Educação e do Emprego
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