O Governo do Japão disponibilizou 40 bolsas de estudo para cursos de mestrado a funcionários públicos moçambicanos, anunciou no dia 14 de agosto o embaixador nipónico em Moçambique, com as autoridades do país africano a assinalarem um “marco histórico”.

“Pela primeira vez, podemos oferecer essas bolsas para funcionários públicos e oficiais do Governo [moçambicano]. (...) Acho que é realmente importante”, disse Hamada Keiji, embaixador do Japão em Moçambique, durante a cerimónia de despedida dos primeiros 10 beneficiários.

Segundo o embaixador, as bolsas são oferecidas no âmbito de um programa com as autoridades moçambicanas, a decorrer até 2028, com pelo menos 10 funcionários a seguirem este ano para universidades do Japão.

“O total será 40 pessoas que vão estar no Japão (…). Para nós é importante investir nos recursos humanos (…). As bolsas serão oferecidas para quem já tem educação superior. Portanto, nessa oportunidade, vão ter o mestrado no Japão”, referiu Hamada Keiji.

Os funcionários públicos moçambicanos deverão frequentar cursos nas áreas de medicina, informática, economia, engenharia e ciências sociais, consideradas alinhadas “às prioridades do Governo [moçambicano] e aos objetivos do programa japonês”.

A diretora-geral do Instituto de Bolsas de Estudo de Moçambique, Carla Caomba, considerou a atribuição de bolsas pelo Japão “um marco histórico” e uma “oportunidade ímpar” para os funcionários públicos selecionados que são, maioritariamente, da cidade e província de Maputo, no sul do país.

“Trata-se de uma iniciativa inovadora de formação de jovens (…) que estão vinculados à função pública, para podê-los capacitar e retornarem a Moçambique com mais conhecimento, mais tecnologia científica”, referiu a diretora-geral do instituto de bolsas moçambicano.

O Governo japonês, um dos principais financiadores de projetos em Moçambique, garantiu em 17 de janeiro que vai manter a cooperação com o país, pedindo ao executivo moçambicano uma rápida estabilização da segurança e diálogo, no contexto das manifestações pós-eleitorais.