Imaginam lançar um ovo cru de uma altura de sete metros e fazer com que o mesmo aterrasse sem um único arranhão? Este foi o desafio lançado pela Agência Espacial Europeia, através do seu programa educativo ESERO – Portugal, e pela Ciência Viva, aos estudantes portugueses do 3.º ciclo ensino básico. Noutras categorias, aumentava ou diminuía a altura do lançamento.
Um dos projetos selecionados para a final nacional, que decorre a 12 de março no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, foi o “Osvaldo - AstroOvo da Escola Cidade de Castelo Branco”, do Agrupamento Nuno Álvares. O fato «astronauta» de Osvaldo permitiu uma queda suave sem que o ovo apresentasse alguma fratura após a aterragem, conforme explica a equipa, em nota enviada ao Ensino Magazine.
A equipa da escola albicastrense, composta por 19 alunos e coordenada pela professora Florinda Carrega, trabalhou ao longo de várias semanas no projeto, “formulando a questão problema, pesquisando e investigando, recolhendo dados e experimentando as diferentes hipóteses”, explica a docente, que realça “o entusiasmo e dedicação dos estudantes em todo este percurso, onde foram aplicados conhecimentos de ciência”.
Em diferentes sessões, realizadas em horário extra curricular, os alunos foram desenvolvendo propostas e realizando alguns testes, até ao momento da verdade: a proposta que acabou por ser testada e colocada a concurso permitiu aos alunos construírem um fato de segurança para o AstroOvo Osvaldo (nome atribuído pelos jovens) com balões de ar. A prova dos nove foi feita nas instalações do ISQ, em Castelo Branco, onde têm sido testados equipamentos para a indústria aeroespacial e aeronáutica. “O ‘Osvaldo’ foi lançado de uma plataforma de sete metros de altura e aterrou em segurança, sem um único arranhão. Os vários momentos desde a conceção ao lançamento foram registados em vídeo. E foi esse trabalho que, compilado, enviámos para a Agência Espacial Europeia avaliar”.
“A satisfação dos jovens estudantes é enorme e agora irão a Lisboa, no dia 12 de março, ao Pavilhão do Conhecimento, participar na final. Nesta nova etapa já terão técnicos do Ciência Viva a apoiá-los no desenvolvimento de um novo projeto”, explica a docente que enaltece a disponibilidade do ISQ em acolher os estudantes e permitir o lançamento do nosso AstroOvo nas suas instalações, gerando-se assim uma maior ligação entre as empresas e a escola.
A equipa é composta pelos estudantes : Clara Moreira, Duarte Vilela, Francisca Louro, Francisca Gama, Francisco Ribeiro, Jéssica Patrícia, Lara Didyk, Lara Mendonça, Lara Fernandes, Leonor Lopes, Margarida Alves, Margarida Silveira, Maria Carolina Oliveira, Maria Eduarda Marques, Rafael Paulo, Tomás Moreira, Dinis Domingues, Vicente Sales e Vitória Martins.