O Ministério da Educação, Ciência e Inovação acaba de divulgar o novo modelo de avaliação para o ensino básico e secundário. Já a partir do próximo ano letivo, nos 4.º e 6.º anos haverá provas de Monitorização da Aprendizagem, enquanto que no 9.º e no final secundário haverá provas finais.
Ao Ensino Magazine o Ministério refere que nos 4.º e 6.º anos de escolaridade serão realizadas provas de Monitorização da Aprendizagem, com a avaliação a ter em conta a vertente Quantitativa (0-100) e os Níveis de desempenho. Estas provas serão feitas em formato digital. No 4.º ano serão sempre feitas as provas de Português, Matemática e Estudo do Meio, Português Língua Não Materna, Português - Segunda Língua. Para além destas disciplinas, anualmente, haverá provas rotativas de inglês, Educação artística e educação física.
No 9.º ano surgem as provas de final de ciclo cuja nota obtida contará em 30% para a classificação final do aluno. As provas de Português serão realizadas em formato digital enquanto que as de matemática decorrerão em modo híbrido.
Para o final do ensino secundário vão manter-se as mesmas regras, sendo os exames realizados em papel.
A classificação das provas e dos exames será eletrónica (com projeto piloto no próximo ano letivo na disciplina de filosofia, sendo generalizada às restantes no ano escolar seguinte).
Na nota enviada à nossa redação, o MECI explica que "o novo modelo de avaliação externa dos alunos valoriza a comparabilidade dos resultados no Ensino Básico entre anos letivos e entre anos de escolaridade, seguindo a tendência internacional de monitorização da aprendizagem, que será inovadora em Portugal. Por outro lado, é também reforçado o recurso ao digital nos processos de avaliação e classificação, com garantias de equidade".
O novo modelo tem como princípios orientadores a avaliação no fim de todos os ciclos de ensino (4.º, 6.º e 9.º anos e no Ensino Secundário); Comparabilidade dos resultados no Ensino Básico — provas deixam de ser públicas para serem utilizados itens âncora de ano para ano; Avaliação em suporte digital no Ensino Básico, com mecanismos para garantia de equidade; Classificação eletrónica/ em todos os níveis de ensino; Monitorização e reporte atempado (relatórios de alunos e escolas disponibilizados antes do novo ano letivo; relatórios nacionais divulgados em novembro; dados para escrutínio público até ao fim do ano civil).
A tutela realça que "para garantir aos alunos e professores uma transição tranquila para este novo modelo de avaliação e para garantir a equidade na avaliação em formato digital, serão implementadas várias medidas". O Ministério quer garantir que os alunos passam, durante o ano letivo, um número mínimo de horas a realizar tarefas na plataforma do IAVE. De igual modo serão feitas provas-ensaio a meio do ano letivo, nas disciplinas com provas digitais ou híbridas, para familiarização atempada com o formato digital. Haverá ainda a possibilidade de as provas-ensaio contarem para a classificação interna, em regime voluntário, no âmbito da autonomia das escolas.