Este website utiliza cookies que facilitam a navegação, o registo e a recolha de dados estatísticos.
A informação armazenada nos cookies é utilizada exclusivamente pelo nosso website. Ao navegar com os cookies ativos consente a sua utilização.

Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Escola Pisa for Schools envolveu mais de 100 escolas portuguesas

08-10-2022

Mais de 100 escolas portuguesas participaram na fase piloto do projeto “PISA for Schools”, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que permite às escolas fazer um diagnóstico do seu trabalho com os alunos.

A iniciativa da OCDE, que completa agora 10 anos, permite aos estabelecimentos de ensino aplicar testes baseados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), um estudo realizado pela OCDE em todo o mundo a cada três anos e com resultados à escala nacional, que mede o desempenho académico de estudantes de 15 anos em matemática, ciências e leitura.

No caso do “PISA for Schools”, o objeto de análise é a escola, explicou à Lusa a coordenadora do projeto, Joanne Caddy, acrescentando que, dessa forma, as escolas têm dados que lhe permitem fazer um diagnóstico do seu trabalho através do desempenho académico dos seus alunos. "É uma ferramenta para a mudança nas escolas", resumiu a responsável. 

A iniciativa, de adesão voluntária, chegou a Portugal há dois anos e a fase piloto, que decorreu entre 2020 e 2021, envolveu 118 escolas de nove municípios e comunidades intermunicipais: Amadora, Arouca, Barcelos, Braga, Oeiras, Terras de Trás-os-Montes, Ave, Médio Tejo e Viseu Dão Lafões.

O balanço das experiências foi apresentado hoje num evento promovido pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) e a OCDE, e, segundo o presidente do IAVE, a avaliação das primeiras escolas a participar no “PISA for Schools” é bastante positiva.

“As escolas gostaram muito de participar no projeto e consideraram que os dados eram úteis, relevantes e, acima de tudo, operacionalizáveis, porque podem permitir-lhes atuar na sala de aula para melhorar as aprendizagens dos alunos”, disse Luís Santos à Lusa.

Para o presidente do IAVE, essa é a principal mais-valia do projeto: a possibilidade de, através dos resultados da avaliação, as escolas tentarem perceber o que podem mudar para responder às dificuldades dos estudantes.

E isso é positivo mesmo quando às escolas não acertam à primeira, acrescentou Luís Santos, dando o exemplo de uma escola em Vinhais que tentou melhorar o desempenho dos alunos nas competências de leitura, através de um projeto de melhoria das aprendizagens que acabou por não funcionar.

“Tinham o diagnóstico, mas não conseguiram dar a volta à situação”, relatou, ressalvando que “só com a tentativa erro é que conseguimos aprender e agora a escola está a preparar um novo projeto de intervenção”.

Além das competências cognitivas, o "PISA for Schools" analisa também a perceção e opiniões dos estudantes, dando-lhes uma vez, e as suas competências sociais e emocionais, duas dimensões que Joanne Caddy considerou particularmente importantes face ao contexto da pandemia da covid-19.​​​​​​​

Atualmente, o projeto está disponível na Andorra, Austrália, Brasil, Brunei, China, Colômbia, Japão, Portugal, Cazaquistão, Espanha, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.

Lusa
Freepik
Voltar