Este website utiliza cookies que facilitam a navegação, o registo e a recolha de dados estatísticos.
A informação armazenada nos cookies é utilizada exclusivamente pelo nosso website. Ao navegar com os cookies ativos consente a sua utilização.

Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

António Sampaio da Nóvoa, Reitor honorário da Universidade de Lisboa 'A educação precisa de estabilidade e de contratos de longo prazo'

27-01-2025

O balanço de uma vida dedicada ao ensino, o futuro da escola pública e a defesa de um novo contrato social da educação. Algumas das linhas fortes de uma conversa pontuada com as reflexões, ideias e inquietações de António Sampaio da Nóvoa sobre o país e o mundo.

No passado dia 12 de dezembro, quando completou 70 anos, a Aula Magna encheu para a sua cerimónia de jubilação e entrega da insígnia de professor emérito.  Como servidor público, ao longo de décadas, o que é que deu ao ensino e o que é que o ensino lhe devolveu?

Foram quase 50 anos a dar aulas, com várias interrupções pelo meio, quando fui Reitor e embaixador, por exemplo, mas nunca me afastando do serviço público. O ensino e a educação deram-me tudo. Os alunos deram-me tudo. Tudo o que eu sou, tudo o que eu fiz, tudo o que eu penso resulta de perguntas, interrogações e dúvidas colocadas pelos alunos e pelo trabalho surgido da educação. Parafraseando George Steiner: «Tive sorte!».

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa definiu-o como sendo «um cidadão do mundo». Até ao último dos seus dias não vai abdicar da sua vincada faceta no domínio da intervenção cívica?

As duas marcas da minha carreira académica são, por um lado, a internacionalização – passei largos períodos da minha vida em universidades estrangeiras – e, por outro, a cidadania. Quem faz investigação e produz ciência e conhecimento tem uma responsabilidade cidadã de partilhar estas conquistas na dimensão social e de intervenção. A minha lição de jubilação, a 12 de dezembro do ano passado, que foi mais um exercício e um compromisso de cidadania vincada, assentou em três ideias fortes: liberdade, futuro e direitos humanos. A liberdade por ser um valor maior e absolutamente central e que me constrói como pessoa. O futuro porque vivemos num tempo muito afunilado no presente, no pequeno caso, na pequena história, no pequeno episódio, nas coisas que duram 24 minutos ou 24 segundos, às vezes. É preciso introduzir um pensamento mais amplo de futuro. Quem está na educação, na ciência e na vida pública tem essa responsabilidade. E, finalmente, os direitos humanos. É um conceito do qual não abdico. Mais do que as ideologias e as doutrinas que marcaram muito o século XX, são os direitos humanos que se assumem como a grande fronteira da atualidade.

Coordenou o relatório da Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação, da UNESCO, a que se deu o nome «Reimaginar os nossos futuros juntos: um novo contrato social da educação.» Este documento é de uma enorme relevância, até pela sua periodicidade ser bastante espaçada no tempo...

Para se ter uma ideia, o primeiro relatório publicado é de 1972, coordenado por Edgar Faure, a que se deu o nome «Aprender a ser». E foi muito marcado pela ideia de educação permanente e ao longo da vida. O relatório seguinte foi coordenado por Jacques Delors, de 1996, e foi chamado: «Educação, um tesouro a descobrir». A ideia de aprender a saber viver com os outros é a conclusão chave saída deste documento. Finalmente, neste relatório, de 2021, a cujo comité de redação tive a honra de presidir, sobressai a ideia de um novo contrato social da educação. A necessidade de construir uma vida e uma educação em comum emerge como o elemento central.

Este relatório, agora editado em forma de livro, é um «convite para pensar e refletir» para governos, instituições, organizações e cidadãos. O apelo à mobilização revela que existe um distanciamento global de todos estes intervenientes?

A ideia de convite à ação, ao debate e à experiência é muito forte. Os relatórios de 1972 e 1996 foram muito tradicionais, elencando um conjunto de recomendações. Nós procurámos fazer diferente. Trabalhámos numa vasta consulta pública que envolveu cerca de 1 milhão de pessoas em todo o mundo que colaboraram na produção deste relatório. Mais do que recomendações, lançámos um convite a partir das ideias coligidas e organizadas. Para além disso, está a ser constituído na UNESCO um observatório de experiências educativas no mundo que resulta das conclusões e dos reptos deste relatório.

Este relatório significa um toque a reunir?

É a consciência de que existe hoje uma grande fragmentação do mundo. Seja do ponto de vista político, cultural, geográfico, etc. Precisamos de instituições onde ainda seja possível construir uma humanidade comum, na sua diversidade. Pessoas diferentes devem poder trabalhar, pensar e aprender em comum. E essa instituição é a escola. A escola é, porventura, a única instituição que nos resta para tentarmos uma humanidade comum e que, de algum modo, combata a fragmentação em curso.

O novo modelo de escola está confrontado com os múltiplos desafios da modernidade. No horizonte até 2050 perfilam-se o ambiente, a tecnologia, a esfera política, o futuro do trabalho e a natalidade. A escola está a conseguir adaptar-se a um mundo em acelerada transformação?

Está. Claro que são desafios imensos e não podemos esperar que a escola resolva todos estes problemas. Mas a experiência no terreno deixou-me otimista e com esta convicção. Fiz uma viagem recente, em que durante dois meses visitei cinco dezenas de escolas públicas em Portugal e tive oportunidade de observar muitas coisas interessantes. E porventura a dimensão mais interessante foi a ideia de uma escola da cooperação e do trabalho.

O que é que quer dizer concretamente?

Uma escola onde as crianças não vão apenas (e deixe-me sublinhar o apenas) para assistirem a aulas ou ouvirem lições, mas vão para trabalhar, estudar, ler, pesquisar, desenvolver projetos, etc. A imagem perfeita para caracterizar o que está em causa nas mudanças educativas seria alunos e professores envolvidos, em permanente cooperação, sentados à mesa para trabalharem em conjunto. É aqui que entra a dimensão de inclusão no trabalho escolar e que também constitui um dos pilares em que se baseia o novo contrato social da educação.

O multiculturalismo é uma realidade diária no país e as escolas não escapam a esse contexto. A língua é, porventura, o maior dos desafios. Está a ser feito um esforço de integração de crianças e jovens oriundos das comunidades imigrantes?

Está a ser feito um esforço brutal e comprovei isso mesmo na minha visita às escolas. Por exemplo, na zona de Aveiro, estive numa escola com 100 alunos, em que cerca de 40 eram de nacionalidades diversas e nenhum falava português, espanhol, francês ou inglês. Senti uma genuína preocupação dos professores e das próprias escolas em integrarem esses meninos e essas meninas no nosso sistema de ensino. Mas é preciso fazer muito mais, nomeadamente ao nível das políticas educativas. As escolas são instituições decisivas e centrais nesse processo de acolhimento, para que as pessoas que para aqui venham das mais variadas proveniências sejam bem recebidas e que possam contribuir com as suas visões do mundo e perspetivas muito particulares para enriquecer a nossa própria cultura e modo de vida.

A pandemia e as suas sequelas, a falta de professores e as greves frequentes pautaram a rotina diárias das escolas nos últimos anos. Conserva a esperança e a convicção de que a escola pública vai resistir à degradação dos serviços públicos?

Não é possível imaginar uma sociedade democrática e tolerante sem uma escola pública forte. Precisamos de nos mobilizar – como de alguma forma temos feito nos últimos 50 anos – para o reforço dessa escola. O périplo que fiz pelas 50 escolas – onde dialoguei com meninos, meninas, pais, professores, diretores, funcionários e almocei nos refeitórios –, deixa-me muito esperançado. Não há que ocultar: há um problema muito sério com os professores e que é preciso equacionar devidamente. Prevalece uma certa incompreensão sobre o papel desta classe, quando se sabe que ela é a peça central da escola pública. Na interação que mantive nas escolas, constatei a grande atenção e cuidado com os meninos e as meninas. Os professores conheciam os nomes de todos e contavam-me as suas histórias familiares, as particularidades sobre o tipo de comida servida, diversos elementos de bem-estar das crianças, etc.  Contudo, por vezes, vi uma frágil atenção às questões e ao trabalho pedagógico propriamente dito. Como se tudo tivese mudado na escola, menos a sala de aula.

Uma escola parada no tempo?

Sim, como se tivesse parado no tempo, alheada de tudo em seu redor. É por isso que no plano concreto das aprendizagens e da aquisição de conhecimentos continuamos a ter algumas graves deficiências. Defendo, por isso, que nos concentremos e melhoremos neste ponto em particular: o coração da escola é o conhecimento e a aquisição de conhecimentos.

O sistema escolar está a pagar anos de políticas públicas insuficientes, em qualidade e em quantidade?

Acho que há um ponto chave: houve uma incompreensão da importância dos professores para o sistema escolar. Isso começou em governos socialistas, com Maria de Lurdes Rodrigues, prolongando-se em governos de direita, com Nuno Crato, que desaconselhava os estudantes do ensino secundário a irem para cursos de formação de professores. E acabou por continuar com os governos socialistas com a contagem do tempo de serviço, etc. Tudo isto é revelador da incapacidade para mudar a dinâmica na formação de professores e de atrair os jovens para a profissão. Resultado destes e de outros fatores, os professores, o motor e a base da escola, são hoje uma profissão envelhecida, desmotivada, até um pouco zangada, por sentirem que não tiveram o devido reconhecimento. Socorrendo-me do título do relatório da UNESCO, entendo que os governos e as sociedades devem estabelecer um contrato de futuro com os professores, dando-lhes condições para o seu trabalho e reforçando a sua dimensão de “auctoritas” – no sentido da capacidade de respeito da sua maneira de serem profissionais. É preciso cuidar, urgentemente, dos professores e da profissão. Sem o contributo destes autênticos suportes da escola pública, podemos até ter edifícios e currículos maravilhosos, uma gestão escolar exemplar, mas faltará o essencial.

A ideologia tem pesado nas tomadas de decisões políticas no setor educativo?

Uma atitude de sistemática depreciação dos professores atravessou, pelo menos no que levamos de século XXI, vários governos e várias ideologias. E estamos a pagar caro isso. Isto depois de no final do século XX, com governantes como Roberto Carneiro e Marçal Grilo, ter havido uma grande atenção para com os professores.

Acredita que um pacto de regime daria um novo rumo ao setor?

Sim, a educação precisa de estabilidade e de contratos de longo prazo para manter um determinado rumo.

Este relatório da UNESCO defende um «financiamento global reforçado» para a educação. No mundo tão incerto e convulso, polvilhado por conflitos aqui e ali, como reage aos alertas para a necessidade de reforço de orçamentos na defesa e segurança? Teme que a educação seja o elo mais fraco?

É fundamental que o mundo reforce os seus orçamerntos para a educação, a ciência aberta e o conhecimento comum. Este é que é o investimento portador de um outro futuro. Nunca conseguiremos construir um mundo mais pacífico e tolerante através de uma corrida ao armamento e a outros instrumentos da guerra. Este relatório pede ainda um reforço do orçamento no âmbito da cooperação global, nomeadamente para os países africanos. Revejo-me inteiramente no artigo recente publicado no princípio de novembro, em coautoria, pela diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, e pelo presidente do Brasil, Lula da Silva, em que é pedido ao mundo que substitua o perdão das dívidas dos países mais pobres por investimentos em educação. Seria um passo imenso em prol de uma humanidade mais sustentável e capaz de se desenvolver em harmonia. Não será, certamente, com o aumento das despesas em guerra que vamos fazer a paz.

Acredita que o poder transformador da educação conseguirá salvar o mundo?

Desde o século XIX que se diz que a escola vai salvar o mundo. Mas não sou um ingénuo sobre essa matéria. A escola só por si pode relativamente pouco. Mas não se pode escamotear que a escola tem um poder transformador importante. Mas para que a escola exerça o seu poder transformador, ela própria tem de se transformar. Só uma escola transformada é que pode ser transformadora do mundo.

O digital permite, em simultâneo, ligar e dividir pessoas, chegando mesmo a criar fossos e desigualdades. Com a imparável evolução da Inteligência Artificial (IA), a vertente humanista da educação pode estar, irreversivelmente, a perder terreno? O ato de aprender e ensinar serão transfigurados nos tempos mais próximos?

As mudanças no ato de aprender e ensinar acontecerão de forma profunda e imparável.  Contudo, vem-me à memória uma frase de uma filósofa norte-americana: «não consigo imaginar nenhum propósito coerente para a educação se alguma coisa em comum não acontecer no espaço público».  A educação é um gesto comum e coletivo, um encontro, e uma relação humana, entre humanos. Que possa recorrer às tecnologias? Certamente que assim será. Já tenho sérias dúvidas que este encontro humano seja substituído por plataformas ou tutorias digitais. Tal mataria qualquer possibilidade de comunicação.

Está confortável ou atemorizado com a disseminação de uma ferramenta com o potencial do ChatGPT?
Preocupa-me imenso.  Basta olhar à volta e estamos a ceder ao digital algumas dimensões da nossa privacidade, do controlo da nossa vida, a questão da desinformação, etc. Imaginar que hoje grande parte da comunicação política se faz numa rede social chamada X (antigo Twitter), que é detida por um senhor que tem as ideias que tem, é quase uma espécie de suicídio político. Os democratas devem refletir sobre se realmente a unica forma que têm de comunicar são ferramentas detidas por pessoas autoritárias e de extrema-direita. Creio que era tempo de, juntando universidades e centros de ciências, produzir aquilo a que chamo de digital comum –  ou seja, um bem comum, como outros recursos naturais – libertando-o da posse dos grandes oligopólios digitais. Talvez seja um sonho inocente e impossível, mas, a meu ver, é central para podermos ter uma outra relação com o digital e não estarmos sujeitos a essas derivas da IA e outras que podem condicionar seriamente o nosso futuro educativo. O ponto que gostaria de sublinhar é o seguinte: nós podemos aprender muitas coisas sozinhos: na leitura de um livro, frente ao computador, etc. Só que para nos educarmos precisamos dos outros. Não nos podemos educar sozinhos. A educação exige uma relação e um encontro com o outro. Se assim não for corremos o risco de perder, como disse Darcy Ribeiro, «a escola pública, a maior invenção da humanidade.»

Um fio condutor do relatório da UNESCO é a defesa da organização da sociedade na valorização do conhecimento. Presumindo que este seja um objetivo a cumprir, em que bases se encontram organizadas, na atualidade, as nossas sociedades?

Estão organizadas em duas bases: a primeira é o consumo. O consumo de tudo: bens, produtos, férias, tempos livres, conteúdos digitais, etc. Uma permanente voragem consumista que alimenta grande parte da nossa vida. A outra base em que as nossas sociedades assentam é na comunicação instantânea, num frenesim e excesso de imagens e a partilhas dessas mesmas imagens. Tanto o consumo como a comunicação instantânea são inimigos do conhecimento, da ciência e da cultura. Porquê? Porque o conhecimento e a ciência exigem tempo, reflexão e...curiosidade. E o tempo não existe nem no consumo, nem na comunicação instantânea. Urge instaurar uma nova relação com o tempo, valorizando o conhecimento. O mais humano dos gestos é o estudo e a leitura.

Na intervenção que proferiu no Dia de Portugal, em 2012, deixou uma frase que ecoou: «Começa a haver demasiados "portugais" dentro de Portugal». O país vivia, então, uma fase difícil em plena intervenção da “troika”. Como está a situação 13 anos volvidos?

Constato que há ainda mais “portugais” dentro de Portugal.  Nessa altura estavamos a assistir a uma fratura social muito grande, com as medidas de austeridade impostas pela “troika” e também o entendimento errado da Europa e das organizaçoes internacionais sobre o que era a crise daquele tempo. Os intelectuais e os políticos vivem alheados da realidade e insistem em falar sempre para os mesmos, não percebendo que o país é outra coisa. Desconhecem por completo a situação de vários bairros deste país e depois ficam todos muito surpreendidos quando as notícias surgem. Do mesmo modo que demonstram uma grande incompreensão pela situação concreta dos imigrantes que habitam o nosso território. Em síntese, ignoram, por completo, a realidade concreta. Temos de ir mais além dos indicadores e das médias e abordarmos os problemas com outra proximidade e profundidade.

Na campanha eleitoral para as presidenciais de 2016 elegeu a língua e o mar como traços distintivos do nosso país. A língua portuguesa, com cerca de 260 milhões de falantes em todo o mundo, já tem o reconhecimento que merece?

A estratégia visando esse objetivo tem sido frágil e inconsequente. Na verdade quem mais tem contribuído para esse desiderato tem sido o Brasil, o que até se compreende por ter mais de 200 milhões de habitantes. No presente já não é um objetivo assim tão irrealista a nossa língua vir a ser uma dos idiomas oficiais das Nações Unidas. Esta é a língua dominante no hemisfério sul – também graças ao Brasil –  e aguenta-se bem nos meios digitais. Mas é preciso muito mais ambição. Em suma, a língua é um valor distintivo de Portugal. Da mesma forma que o mar. Aprendemos na escola que do território nacional, 3 por cento é terra e 97 por cento é mar. Mas depois pouco se faz sobre isso. No PRR, que devia ser um grande plano de transformação de Portugal, o mar tem uma referência residual. Em jeito de conclusão, o nosso futuro passa, em grande medida, pela lingua e pelo mar.

E estamos a fazer alguma coisa nesse sentido?
Muito pouco.

 

A CARA DA NOTÍCIA

Candidato presidencial em 2016

António Sampaio da Nóvoa nasceu em Valença, a 12 de dezembro de 1954. É doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Genève (1986) e doutor em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de Paris IV-Sorbonne (2006). A sua vida como docente universitário inicia-se na Universidade de Genève, como assistente, em 1982. A partir de 1986, ingressa na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, tendo-se tornado professor catedrático em 1996. Foi professor convidado de várias universidades internacionais, nomeadamente Wisconsin (1993/1994), Paris V (1995), Oxford (2001), Columbia – New York (2002), Brasília (2014) e Federal do Rio de Janeiro (2017). Entre 1996 e 1999, foi consultor para os assuntos da educação da Casa Civil do Presidente da República, Jorge Sampaio. Entre 2000 e 2003, presidiu ao International Standing Conference for the History of Education (ISCHE). Em 2012, presidiu às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Entre 2006 e 2013 desempenhou o cargo de Reitor da Universidade de Lisboa (UL), conduzindo o processo de fusão da UL e da Universidade Técnica de Lisboa. Em 2016, foi candidato independente às eleições presidenciais, tendo obtido 22,8% de votos, atrás de Cavaco Silva. Entre abril de 2018 e novembro de 2021, foi o representante permanente de Portugal junto da UNESCO. Entre 2022 e 2024 foi membro do Conselho de Estado.

Nuno Dias da Silva
Direitos Reservados
Voltar