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Cultura Museu de Macau acolhe pintura de Ambrósio Ferreira

21-04-2025

O pintor português, Ambrósio Ferreira, tem patente no Centro Científico e Cultural de Macau (Museu de Macau), até 16 de maio, a exposição de pintura, “Ao sabor do sopro do Oriente”.

A mostra foi inaugurada no passado dia 14 de abril, numa cerimónia que encheu o auditório do Museu.

“As obras expostas são marcadas pela filosofia Cth'an, mais conhecida no ocidente pelo nome japonês Zen”, explica o pintor à margem da inauguração onde a presidente daquele centro Científico, Carmen Mendes, realçou a importância da exposição e a qualidade dos trabalhos.

As telas expostas “expressam conceitos e parábolas daquela tradição. Não se trata de gestualidade pura resultante de um estado de introspeção”, adianta Ambrósio Ferreira.

A mostra é composta por vários pendões e para o dia 16 de maio está prevista a projeção do conjunto temático “Tau-Sa”, alusivo ao genocídio dos povos ameríndios e à separação do homem com a natureza.

A inauguração contou com a presença de outros artistas e de responsáveis ligados à cultura e à educação. O diretor do Ensino Magazine (publicação também distribuída em Macau), João Carrega, presente na cerimónia, destaca a obra do artista português e o facto da mesma estar exposta no Museu de Macau, um espaço ímpar na cidade de Lisboa.

"Ambrósio Ferreira, pintor, desenhador e calígrafo, nasceu em 1951 em Castelo Branco. Nesta cidade, viveu a infância e adolescência. Após o serviço militar passou a viver em Lisboa, fez a formação académica na Escola Superior de Belas Artes e licenciou-se em Pintura. As suas criações estenderam-se às artes gráficas e cénicas; no conjunto da sua obra, predomina a pintura, divulgada em exposições coletivas e individuais, e o desenho publicado em livros de poesia e prosa. Docente aposentado, vive e cria no bairro de Santo Amaro em Lisboa", explica na sua página de internet o Centro Científico e Cultural de Macau.

Na mesma informação, refere que na sua obra pictórica, de grande diversidade estilística e temática, realça-se:

- «XX Variações Sobre uma Temática X» (década de 90), representa a metamorfose do corpo humano e as suas inquietações;

- «A Queda dos Anjos» (1ª década do séc. XXI), reinventa o rosto da crise do mundo contemporâneo;

- «Caligrafias» (2010-2014), pintura gestual marcada pela estética zen;

- «Cerejas», (2000/2010), visão antropocêntrica expressada em linguagem lírica, numa pincelada espontânea onde ideia e forma constituem uma simbiose que sugere mas, não representa. Esta opção marcante nas suas criações, confere à sua obra uma interpretação aberta ;

- «Taú- Sá» (o olho que viu), iniciado em2002 e completado 15 anos depois, invoca o mundo ameríndio desaparecido e a rutura do homem com a natureza;

- «Incha Allah» (oxalá), (2015 /18), alude à tragédia dos migrantes;

- «13 Variações numa Paisagem de Horizonte Perdido» (2019-2021), invoca os 13 meses lunares, um calendário ameaçado na sua variedade sazonal;

- «Paisagens Esvanecentes» (2020-2021), invoca a natureza em perigosa metamorfose;

- «O Silêncio dos Sinos»2017-2022), cada tela é a vida num grito reafirmativo do compromisso do pintor com o Homem num mundo beligerante.

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