O livro de poesia de Gonçalo Salvado ilustrado com desenhos originais de Álvaro Siza Vieira Quando a Luz do Teu Corpo Me Cega (RVJ Editores) , acompanhado por uma serigrafia do arquiteto artista que reproduz o desenho da capa, encontram-se em exposição na mostra "Os Poderes da Imagem – 40 Anos do Centro Português de Serigrafia" patente na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.
A exposição celebra quatro décadas de compromisso do CPS com a divulgação, edição e democratização da obra gráfica contemporânea em Portugal e além-fronteiras. Reunindo uma seleção de 40 obras feita por João Prates, diretor da entidade, a mostra centra-se em edições recentes e propõe um retrato coletivo da diversidade técnica, estética e geracional que marca o percurso da instituição.
Contextualizada por uma abordagem crítica de Maria João Fernandes, igualmente responsável pela distribuição em três núcleos temáticos — O Poder da Natureza, O Poder dos Meios Plásticos e O Poder da Linguagem — a exposição reflete a pluralidade de linguagens da arte contemporânea: da pintura à arte urbana, da fotografia à intervenção digital, passando por experiências de fronteira e novas tecnologias.
A exposição, estará patente até 30 de agosto de 2025.
Recorde-se que o livro Quando a Luz do Teu Corpo me Cega de Gonçalo Salvado com desenhos de Álvaro Siza Vieira foi lançado na Biblioteca Nacional de Portugal em dezembro de 2024 e está acompanhado de uma edição especial em braille, com o título Luminea. Ambas as edições resultaram de uma parceria entre a Câmara Municipal de Proença-a-Nova e o Centro Português de Serigrafia que a estas associou três serigrafias do arquiteto artista. A apresentação de Luminea teve lugar na Galeria do CPS no Centro Cultural de Belém a 27 de março de 2025 no contexto de uma exposição de desenhos de Siza Vieira.
Segundo Maria João Fernandes responsável pelo ensaio de abertura: “o livro marca o encontro da poesia de Gonçalo Salvado, já consagrado como um dos nomes mais significativos da poesia de índole amorosa e erótica em Portugal da atualidade, com os soberbos e minimalistas desenhos de Álvaro Siza Vieira.” (…) “Palavra e imagem desenham um mesmo corpo nas suas variações infinitas”.