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Gente e livros Hermann Hesse

21-06-2021

“Como não haveria de ser eu um Lobo da Estepe e um mísero eremita em meio a um mundo cujos objetivos não compartilho, cuja alegria não me diz respeito! (...) E, de fato, se o mundo tem razão, se essa música dos cafés, essas diversões em massa e esses tipos americanizados que se satisfazem com tão pouco têm razão, então estou louco. Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível.”
In «Lobo das Estepes»

Romancista e poeta alemão, Hermann Hesse nasceu em 1877 em Calw, Alemanha, na orla da Floresta Negra.
Filho de missionários protestantes, Hesse é enviado para o seminário protestante de Maulbronn, em 1891, mas acaba por ser expulso.
“Hermann Hesse começou depois a trabalhar, primeiro como aprendiz de relojoeiro, como empregado de balcão numa livraria, como mecânico, e depois como livreiro em Tübingen, onde se teria juntado a uma tertúlia literária, ‘Le Petit Cénacle’, que teria, não só grandemente fomentado a voracidade de leitura em Hesse, como também determinado a sua vocação para a escrita. Assim, em 1899, Hermann Hesse publicou os seus primeiros trabalhos, ‘Romantischer Lieder’ e ‘Eine Stunde Hinter Mitternacht’ , volumes de poesia de juventude”, descreve a Wook na biografia do autor.
A partir de 1903 dedica-se exclusivamente à literatura, com o romance ‘Peter Camenzind’, em 1904, a assumir-se como decisivo para Hesse tornar-se escritor a tempo inteiro.
Em 1911, e durante quatro meses, viaja para a Índia, Ceilão, Singapura e Sumatra. O desencanto pelo modelo de vida europeu não para de crescer. No ano seguinte, o escritor e a sua família assentaram arraiais na Suíça.
De acordo com a Wook, “durante a Primeira Guerra Mundial, Hesse demonstrou ser desfavorável ao militarismo e ao nacionalismo que se faziam sentir na altura e, da sua residência na Suíça, procurou defender os interesses e a melhoria das condições dos prisioneiros de guerra, o que lhe valeu ser considerado pelos seus compatriotas como traidor. Finda a guerra, Hesse publicou o seu primeiro grande romance de sucesso, ‘Demian’, em 1919”.
A sua obra integra, entre outros, os romances e contos: “Peter Camenzind” (1904); “Demian” (1919); “O Último Verão de Klingsor” (1920); “Siddhartha” (1922); “O Lobo das Estepes” (1927); ”Viagem a Nuremberga” (1927) “Peregrinação ao Oriente” (1932): “O Jogo das Contas de Vidro” (1943); “Encantamentos” (1955).
Hermann Hesse é ainda autor de obra na poesia e no ensaio e crónica.

Tiago Carvalho
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