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Atualidade Arqueólogos descobrem nova sepultura na cidade romana de Ammaia em Marvão

29-07-2025

Uma sepultura de incineração que deverá remontar à segunda metade do século III foi descoberta na cidade romana de Ammaia, em Marvão, distrito de Portalegre, no decorrer de trabalhos arqueológicos, foi divulgado no dia 28 de julho.

Em declarações à agência Lusa, o arqueólogo responsável da Fundação Ammaia, Joaquim Carvalho, explicou que esta descoberta na zona do anfiteatro, aliada a uma outra sepultura idêntica que também foi descoberta em 2024, na porta norte do anfiteatro, está a “levantar algumas questões” aos estudiosos em relação à ocupação do espaço.

“Pensamos nós que ele [anfiteatro] terá sobrevivido enquanto estrutura lúdica pelo menos até ao século III, mas as escavações que estamos a fazer atualmente ainda nos vão dar, provavelmente, algumas novas indicações”, disse.

A equipa de arqueólogos da Ammaia está a desenvolver trabalhos no local para delimitar a área exterior e uma das portas de entrada no anfiteatro.

A iniciativa resulta de uma parceria com a participação dos alunos de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a colaboração também de alunos oriundos de Espanha e do Brasil.

Joaquim Carvalho acredita que a campanha – a qual, “provavelmente”, vai sofrer um interregno no final desta semana, para regressar depois em setembro - vai ainda fornecer novos dados sobre esta descoberta e a cronologia do anfiteatro em particular.

“A escavação nesta área ainda não está concluída, ainda podemos ter mais alguma surpresa”, disse.

As peças recolhidas vão seguir para análise num laboratório e muitas deverão integrar a exposição permanente do museu instalado na Fundação Ammaia.

A cidade romana de Ammaia, classificada como Monumento Nacional em 1949, é o mais importante vestígio da sua época existente no norte alentejano e situa-se em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede.

A zona central da cidade é constituída pela Quinta do Deão e pela Tapada da Aramenha, e tem uma área de cerca de 25 hectares.

As ruínas da cidade estiveram abandonadas até finais de 1994, quando começaram as primeiras escavações arqueológicas sistemáticas.

Três anos depois, a Fundação Cidade de Ammaia assumiu os trabalhos de estudo, escavação e de preservação do que resta da antiga cidade romana.

No espaço, estão instalados um museu e um laboratório de conservação e restauro, que foi criado para conservar e salvaguardar os bens arqueológicos da área.

O laboratório funciona também como local de trabalho para investigadores que estão a estudar os materiais arqueológicos de Ammaia.

Lusa
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