O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Pedro Dominguinhos, considera que para o plano ter sucesso “tem haver uma boa articulação entre todas as entidades”.
Aquele responsável falava ao final da manhã do dia 29 de junho, em Castelo Branco, durante o Fórum Regional de Competitividade e Sustentabilidade i9TEC Summit’22, promovido pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, no âmbito do iNOVC+, em que o Ensino Magazine marcou presença.
O iNOVC+é um Ecossistema de Inovação Inteligente que tem como parceiros, além da instituição albicastrense, as universidades de Coimbra, Aveiro e Beira Interior, e os politécnicos de Viseu, Guarda, Tomar, Coimbra e Leiria, bem como parques e centros de ciência e tecnologia da região centro.
Na sua intervenção, Pedro Dominguinhos referiu que a “Comissão Europeia está aberta à redefinição dos preços unitários (tendo em conta o atual cenário) e à reavaliação dos prazos para a execução dos projetos”. Ainda assim, aquele responsável sublinhou que a “execução dos projetos é essencial”.
Esclarecendo que a Comissão a que preside “não mexe em dinheiros”, mas faz o acompanhamento da concretização do plano, Pedro Dominguinhos adiantou que o PRR português é aquele que “tem mais dinheiro destinado às empresas, no total de cinco mil milhões de euros. Só na aquisição de computadores para as escolas já foram pagos 232 milhões de euros, dinheiro que foi para as empresas” (fornecedoras).
Outra nota importante que o presidente do PRR deixou à plateia da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, é a necessidade de ter bons projetos. No seu entender, “executar não basta. Daí a nossa monotorização e acompanhamento permanentes”.
Os desafios que o país tem pela frente para a concretização do PRR surgem a vários níveis. Pedro Dominguinhos fala em cinco aspetos que considera importantes: planeamento, custos e prazos; pessoas – quantidade e competências (falta mão de obra e sobretudo mão de obra qualificada); envelhecimento dos atores do território; simplicidade e celeridade administrativa; e comunicação.
No que respeita à região centro do país, aquele responsável lembrou que foram canalizados para as instituições de ensino, no âmbito do STEAM Implusos Jovem e STEAM Impulso Adulto, 59 milhões de euros, e que para as Agendas Mobilizadoras estão já alocados 140 milhões de euros para esse território.
O encontro teve ainda, na parte da manhã, como orador Paulo Fernandes, presidente da Câmara do Fundão, que falou na necessidade de termos “uma região de conetividade ímpar. Para que isso aconteça é preciso que essa conetividade (5G) chegue a todos os metros quadrados do nosso território”, disse.
O evento teve, na sessão de abertura, o Secretário de Estado das Florestas, João Paulo Catarino, e os presidentes do IPCB, da Câmara (Leopoldo Rodrigues) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno.
Na parte da tarde, os destaques foram para a comunicação de José Pimenta Machado, vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, sobre a valorização e sustentabilidade dos recursos hídricos, e para a mesa redonda com tema “valorização e transferência de conhecimento”.
A sessão de encerramento foi feito pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes e pelo presidente do Conselho Geral do IPCB, José Augusto Alves.