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Associações Movimento Estudantil Nacional exige ação política para valorizar os jovens

14-08-2024

O Movimento Estudantil Nacional, que representa os estudantes do ensino superior, apelou aos políticos para desenvolverem um plano estratégico de valorização dos jovens para a próxima década, apostando nas áreas de democracia, empregabilidade, educação, sustentabilidade e comunidade.

Em comunicado divulgado a propósito do Dia Internacional da Juventude, o movimento defende que “apenas com ações concretas e políticas eficazes” será possível que “os jovens portugueses desempenhem plenamente o seu papel na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável”.

Para o Movimento Estudantil Nacional, o reforço da democracia assenta numa maior participação dos jovens, ao notar que em 2023 só cerca de 40% dos jovens entre os 18 e os 24 anos tinha participado nas anteriores eleições nacionais, constituindo uma das taxas mais baixas da Europa ocidental.

Ao nível do emprego, a organização salienta que “Portugal está abaixo da média da União Europeia em termos de criação de empregos qualificados para jovens”, com uma taxa de desemprego jovem de cerca de 19% enquanto a taxa geral de desemprego está pouco acima dos seis por cento, vincando “a necessidade urgente de políticas de emprego mais eficazes”.

Em relação à educação, o Movimento Estudantil Nacional considera que o abandono escolar precoce “ainda é preocupante” em Portugal, apesar de reconhecer “avanços significativos na universalização” do ensino superior e o progresso nos rankings europeus nesta área.

Sobre a sustentabilidade, o movimento aponta “desafios significativos” na ação climática e a importância das alterações climáticas enquanto ameaça social, e defende que é necessário “maior empenho” na redução das emissões de carbono e na promoção de energias renováveis.

Na vertente da comunidade, os representantes dos estudantes do ensino superior valorizam o progressismo do país na inclusão de povos estrangeiros, mas notam que “ainda existem desafios” ao nível da discriminação no acesso ao mercado de trabalho e na integração.

“Torna-se essencial reconhecer que os jovens são não apenas participantes do presente, mas também os arquitetos do futuro. Desvalorizar este papel crucial da juventude seria um erro irreparável”, finaliza o Movimento Estudantil Nacional.

Lusa
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