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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVIII

Maturidade, literacia e manipulação

“Uma graçola bem feita no Tik Tok transforma um imbecil num herói”. As palavras são do escritor Valter Hugo Mãe e foram proferidas ao Ensino Magazine, numa entrevista notável, que coloca o dedo na ferida de uma sociedade em que a chegada à idade adulta não coincide com a maturidade exigida a quem já tem o poder de votar e de decidir a sua vida.

Do digital às férias com doce sabor

Pela primeira vez os alunos do 9.º realizaram as suas provas de final de ciclo de uma forma totalmente digital. Os resultados, publicados dois dias depois do previsto, apresentam médias muito semelhantes às registadas do ano passado, com a matemática a surgir com 52 valores, numa escala de 0 a 100 (em 2024 esse valor foi de 51) e português com 58 (quando no ano transato foi de 59). Numa outra perspetiva, verifica-se que na disciplina de matemática só 49,2% dos alunos obtiveram positiva. No português só 69% obtiveram nota superior a 50 valores.

Menos burocracia na escola

Aquilo que se espera é que a comunidade escolar dê o seu contributo. Se não o fizer está a enfiar a cabeça na areia e isso normalmente dá maus resultados e queixumes tóxicos de quem apenas só sabe dizer mal e nada faz. Haja coragem.

Filhos do algoritmo

“Falamos muito de estratégias para abordar a vida online, mas esquecemo-nos da vida offline”. As palavras são de Ivone Patrão, psicóloga especializada em comportamentos de dependências online e devem merecer a atenção de todos. O tema não deve ser analisado de uma forma superficial e exige responsabilidade das famílias e da sociedade.

A saúde mental na acreditação das universidades e politécnicos

A inclusão de indicadores de bem-estar, não apenas dos estudantes, mas de toda a comunidade académica, deve começar a fazer parte da avaliação e acreditação das instituições de ensino superior. Acredito que essa medida irá contribuir para a adoção medidas ainda mais efetivas no combate a este problema que leva a que muitos alunos abandonem ou comprometam os seus estudos, e que muitos professores e funcionários tenham baixas prolongadas ou, não as tendo, desempenham de forma deficiente a sua vida profissional condenando também a sua vida pessoal e social. Uma universidade infeliz será sempre uma academia condenada e sem futuro.

Os indesejáveis

Haja visão e coragem para enfrentar a obsessão totalitarista de governantes que querem, e estão, a brincar com o mundo e a quem muitos já chamam de indesejáveis...

O poder sobre o saber e as oportunidades do conhecimento

Harvard, nos Estados Unidos da América, assume-se como uma das melhores universidades do mundo. Por ali passaram 162 prémios Nobel. Este ano tem matriculados 6700 estudantes estrangeiros, o que corresponde a 27 por cento do número total de alunos. Esta diversidade e a busca de ter os melhores tornam a Universidade de Harvard como uma das mais desejadas pelos estudantes de todo o mundo, mas acima de tudo fazem dela um espaço de superlativo de conhecimento em que diferentes olhares e culturas fazem avançar o mundo.

A vida das crianças e dos jovens na era digital

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) acaba de divulgar o seu relatório “Como é a vida das crianças na era digital?”. Os dados revelam que, em 2021, 93 por cento das crianças até aos 10 anos de idade já tinham tido algum contacto com a internet, e cerca de 70% já tinha telemóvel/smartphone.

A paz e o diálogo nas casas do saber

De uma forma muito simples, o Papa Leão XIV passou a sua mensagem, numa comunicação clara e objetiva. Sem rodeios. Rigorosa. Surpreendente pela sua simplicidade e, ao mesmo tempo, forte pelo seu conteúdo: paz e diálogo. Que o mundo e, em particular, as casas do saber saibam interpretar as suas palavras e que a intolerância, a arrogância e a falta de sentido democrático sejam afastadas de uma vez por todas. Nós estaremos atentos e não pactuaremos com isso. Só assim seremos rigorosos e livres para informar com verdade.

A endogamia e o Papa que defendeu os valores de Abril

Vasco Lourenço, um dos capitães da “revolução dos cravos”, referia, com propriedade, que o Papa Francisco defendeu os valores de Abril: democracia, igualdade, justiça, inclusão, educação para todos, dar voz aos mais pobres, solidariedade.

O 'passo' do Papa Francisco

Um dia depois da Páscoa e após ter participado na Bênção realizada na Praça de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco partiu para a casa do senhor.

Telemóvel fora da escola?

Parece-me claro que a proibição não será o caminho correto. Nesta matéria partilho a ideia defendida pela investigadora do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, Neuza Pedro, quando diz que “se tirarmos os telemóveis por completo do contexto escolar, estamos a não preparar as nossas crianças e jovens para utilizá-los produtiva e pedagogicamente. E estamos também a não prepará-las para saberem ser capazes de não utilizar estes equipamentos, ou seja, de regular a necessidade de os usar e também regular a capacidade de saber não usá-los. Precisamos de educar as crianças para o uso dos telemóveis, mas temos as escolas a viver movimentos contrários de levar a que os equipamentos móveis sejam removidos do seu interior” (in Expresso).

O outro lado do rio

A presidência dos Estados Unidos da América cancelou o financiamento que seis universidades portuguesas estão a receber ao abrigo do programa American Corner. Donald Trump e a sua equipa querem saber se aquelas academias têm relações com entidades associadas a partidos comunistas, socialistas ou totalitaristas.

Rankings: a insustentável leveza da análise

Os rankings das escolas voltam a estar na ordem do dia, sobressaindo para a opinião pública que esta escola é melhor que aquela, que o ensino privado é superior ao público, e mais uma série de perceções que a sociedade absorve como verdades absolutas. Já o afirmei, e volto a referi-lo: Os rankings tal como são divulgados junto da comunidade podem ter um efeito nefasto e perigoso, na medida em que rotulam escolas, e por conseguinte alunos, professores e funcionários, sem que se tenham em conta todos os dados da balança.

O espaço e a fisga

O setor aeroespacial começa a marcar pontos no nosso país. A estratégia que tem vindo a ser implementada, sobretudo a partir de 2016, com a criação da Agência Espacial Portuguesa (AEP), mudou o paradigma de como os jovens e as universidades veem a ciência e como o tecido empresarial olha para esta área como uma oportunidade de crescimento, de segurança e de avanços tecnológicos e científicos.

A história continua a ser escrita

Assinalamos, nesta edição, 27 anos de vida. Uma história que testemunhámos, registámos e que acompanhou a evolução da educação, do ensino superior, da investigação e da internacionalização das instituições.

Revisão do RJIES não pode ser uma oportunidade perdida

Já é conhecida a proposta do ministro da Educação, Ciência e Inovação para a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior portuguesas. Fernando Alexandre cumpriu os prazos que estabeleceu perante os parceiros institucionais: desde dezembro do ano passado que com eles discutiu o documento de trabalho e, na primeira semana de fevereiro, apresentou a proposta em Conselho de Ministros.

Revisão ao RJIES: uma proposta para aprofundar e melhorar

Como prometido, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, apresentou aos diferentes parceiros do ensino superior em Portugal uma primeira proposta de revisão ao Regime Jurídico do Ensino Superior (RJIES). O trabalho desenvolvido pelo anterior Ministério do Ensino Superior, liderado pela ministra Elvira Fortunato e pelo secretário de Estado, Pedro Nuno Teixeira, a que se juntou o da Comissão Independente para Avaliação da Aplicação do RJIES, presidida por Alberto Amaral, teve continuidade.