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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVIII

Atualidade Estudante de relações internacionais escreve Codex de poesia

18-06-2025

Afonso Carrega estudante do segundo ano da Licenciatura em Relações Internacionais do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, apresentou dia 15 de junho, na Biblioteca Egas Moniz, na Escola Secundária Nuno Álvares, em Castelo Branco, o seu novo livro Códex XXV.

No entender do estudante “a poesia deve-nos fazer refletir e olhar para o mundo, para os conflitos, não apenas na Palestina, mas também no Sudão, no Congo, na Ucrânia e para outros pontos do mundo”.

A cerimónia foi presidida pelo Diretor-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Luís Santos, num auditório que encheu por completo aquela biblioteca, num evento que começou com uma atuação de Miguel Carvalhinho, com músicas do seu último trabalho “Convite”.

Luís Santos considera que “a poesia jovem, hoje, é também marcada pela transversalidade de influências. Convivem nela os clássicos - Pessoa, Sophia, Neruda - com referências contemporâneas como o slam poetry, a música urbana ou o ativismo digital. Estes autores não se prendem a formas fixas ou métricas rígidas: inventam, experimentam, cruzam géneros, misturam línguas e registos. A sua poesia é, muitas vezes, performativa, nascida para ser dita, ou visual, criada para se ver, partilhada em redes sociais ou em pequenos livros de autor”.

No entender do Diretor-Geral “importa dar palco e escuta a esta nova geração de poetas. A sua escrita não é menor por ser jovem — é, pelo contrário, muitas vezes mais visceral, mais verdadeira, menos contaminada por filtros ou convenções. Os jovens poetas contemporâneos não temem a vulnerabilidade. Pelo contrário, mergulham nela para falar de temas como a ansiedade, o amor, a identidade, as causas sociais ou o sentido da existência. Nascem das ruas, das escolas, das redes sociais, das comunidades criativas”.

Luís Santos recorda que “ao dar atenção a estas vozes emergentes, não estamos apenas a celebrar novos talentos literários: estamos a valorizar a capacidade da juventude de pensar o mundo com sensibilidade, de se expressar com arte e de continuar a encontrar, na poesia, uma forma de permanência num tempo marcado pelo efémero. Que venham mais Afonsos, que sejam albicastrenses e que me honrem com esse convite para eu ter o gosto que tenho em estar na biblioteca Egas Moniz do Liceu Nuno Álvares a valorizar a liberdade e a partilha da escrita e da palavra”.

Com apresentação de Maria de Lurdes Gouveia Barata (Milola), Codex XXV transporta-nos para diferentes dimensões. “O tema do amor é privilegiado por Afonso Carrega, que não se foca apenas num amor eu-tu, é mais abrangente, pois inclui um outro que se incorpora no estatuto de ser humano integrado no mundo, não se voltando narcisicamente para si mesmo, mas abrindo-se à vida de relação”, explicou numa apresentação em que leu também alguns poemas do livro.

A cerimónia teve ainda as intervenções de António Carvalho, diretor do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, Sara Abreu, em representação do presidente da autarquia, e de João Carrega, editor do Codex XXV.

Ivo Vladimiro (Foto Afonso Carrega) | Francisco Carrega
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