A reitora da Universidade de Évora (UÉ), Hermínia Vasconcelos Vilar, saudou “o empenho e interesse” do primeiro-ministro na abertura do curso de Medicina na academia, manifestando o desejo de que arranque “quanto mais depressa melhor”.
“O Governo, pela pessoa do senhor primeiro-ministro manifestou o seu apoio a esta oferta formativa [em Évora] e eu só posso agradecer e saudar esta iniciativa”, afirmou a responsável, em declarações à agência Lusa.
Hermínia Vasconcelos Vilar falava a propósito do anúncio de abertura de mais dois cursos de Medicina, em Évora e Vila Real, feito pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no dia 14 de agosto, na Festa do Pontal, do PSD, em Quarteira, concelho de Loulé, Faro.
Assinalando que o “empenho e interesse” do governante não é novo, a reitora frisou que este apoio vem na sequência da autorização da atribuição do direito de superfície de um terreno do Estado, em Évora, para a construção da Escola de Saúde da UÉ.
Quanto ao processo de criação do curso, a responsável lembrou que a proposta de Mestrado Integrado em Medicina, que engloba licenciatura e mestrado, foi submetida à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) em março.
“Iniciou-se um caminho e, agora, estamos à espera das opiniões e das dúvidas que vierem da agência de acreditação [em relação à proposta da UÉ] para seguirmos o processo”, salientou.
Questionada sobre os prazos do processo de avaliação da proposta, Hermínia Vasconcelos Vilar respondeu que “a A3ES e o painel [de peritos] que vier a ser nomeado é que marcam o calendário”.
“Esperamos, num futuro próximo, ter essa oferta e quanto mais depressa melhor”, sublinhou, advertindo, porém, que “a formação em medicina é de seis anos”.
Segundo a reitora da UÉ, a pretensão da academia alentejana começar a formar médicos “não é nada de novo”, já que faz parte de “uma estratégia iniciada, há alguns anos atrás, de diversificação da oferta na área da saúde”.
“Queremos, com esta oferta, reforçar a capacidade que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem de dar apoio à população nos diferentes pontos do seu território e também colaborar e contribuir para a resolução dos problemas” no setor, adiantou.
Por outro lado, vincou a responsável, um curso de Medicina na UÉ “faz todo o sentido” para que o Hospital Central do Alentejo, que está em construção em Évora, “também ganhe a dimensão que merece” e exista uma complementaridade entre as instituições.
A Universidade de Évora pretende criar novas instalações, num terreno que o Estado lhe vai ceder, junto ao futuro Hospital Central do Alentejo, para as escolas de Saúde e Desenvolvimento Humano e Superior de Enfermagem São João de Deus, esta atualmente situada junto ao Hospital do Espírito Santo de Évora.
As futuras instalações passarão a acolher os cursos da Escola de Enfermagem e as licenciaturas em Ciências do Desporto, Reabilitação Psicomotora e Ciências Biomédicas e o mestrado integrado em Ciências Farmacêuticas, da Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano.