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Universidade Estudo coordenado pela UÉ: Ansiedade grassa no Superior

17-10-2024

Um estudo coordenado por Lara Guedes de Pinho, professora do Departamento de Enfermagem da Universidade de Évora, revela uma prevalência preocupante de sintomas depressivos e ansiosos, com quase 23% dos estudantes a referirem estar diagnosticados com uma doença mental. Destes, 49,7% referem ter sido diagnosticados após a pandemia de COVID-19.

Com dados recolhidos em outubro de 2022 e outubro de 2023, junro de mais de 2000 universitários, as conclusões mostram que a ansiedade é dos problemas de saúde mental mais mencionados (19,4%), seguida da depressão (13,3%). Mostrou ainda que 38,9% dos estudantes sofrem de sintomas depressivos que variam de moderados a severos, com 7,2% apresentando sintomas graves. Como agravante, 11,8% referem ter pensamentos acerca de que estaria melhor morto ou de se ferir a si mesmo de alguma forma.

Lara Guedes de Pinho refere que se mantém a tendência em relação ao ano de 2022, embora com um ligeiro aumento na gravidade dos sintomas. Acrescenta que as universidades estão já a tomar algumas medidas, nomeadamente com atividades promotoras da saúde mental e reforço do apoio psicológico aos estudantes, mas é necessário um reforço externo às universidades.

Muitos dos problemas surgem antes da entrada para a universidade, pelo que devem ser tomadas medidas também no ensino básico e secundário, bem como haver uma estratégia de promoção da saúde mental desde a infância nos cuidados de saúde primários e nas escolas. 

Além disso, quando questionados sobre o impacto desses problemas no desempenho académico e na vida pessoal, 31,5% relataram dificuldades significativas. Os sintomas ansiosos também são uma realidade para 39,2% dos estudantes, que se classificam entre moderados e graves.

O sexo feminino e os estudantes de menor nível socioeconômico, especialmente aqueles que vivem deslocados de suas casas, são os mais afetados. Questionados sobre a quem recorreriam se necessitassem de ajuda, a maioria refere que conversaria com os amigos (75,4%), seguida de psicoterapia (40%), porém, somente 26,4% dos alunos recorreriam ao aconselhamento psicológico oferecido pela universidade.

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