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Politécnico Saúde mental: Politécnico de Castelo Branco apresenta programa

10-10-2024

O projeto ALL IN de promoção da saúde mental no Politécnico de Castelo Branco acaba de ser apresentado. O objetivo passa por apoiar os estudantes, promover o sucesso escolar e combater o abandono e o projeto foi desenvolvido tendo em conta o  Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior lançado pela Direção Geral do Ensino Superior, que permite às instituições a criação de uma resposta adequada ao aumento dos pedidos de apoio e ao reforço das repostas já existentes neste âmbito.

Ana Vaz Ferreira, vice-presidente do IPCB considera que  “a estabilidade emocional do estudante é fundamental para podermos pensar na promoção do sucesso escolar e combater o abandono” e explica que este projeto complementa outros dois desenvolvidos pelo politécnico: “REVUP - Recursos e Ambientes Colaborativos de Aprendizagem que tem como objetivo combater o abandono escolar através da predição do risco de abandono de cada estudante e promover um acompanhamento académico mais próximo;  e INOV3P – Pedagogia, Projeto, Promoção, que consiste na criação de um Centro de Excelência em Inovação Pedagógica e que atua na formação de docentes e na inovação de abordagens, recursos e metodologias pedagógicas”.

Segundo a vice-presidente, “nos últimos dois anos verificou-se um aumento na procura de apoio no Gabinete de Apoio Psicológico do IPCB. Se, por um lado, esta evidência pode significar que o impacto de tais desafios possa estar a ser maior, por outro, pode significar que esta geração se preocupa mais com o seu bem-estar psicológico e emocional”.

A implementação “deste projeto levou ao alargamento do serviço disponível à comunidade académica, com a criação de um Serviço de Saúde Mental e Bem-Estar, maior e mais abrangente. Com o ALL IN, o IPCB fica dotado de recursos humanos adicionais, como psicólogos e médicos de clínica geral e familiar, capazes de desempenhar funções adequadas aos mecanismos de resposta, bem como proporcionar mais ações ao nível da prevenção e intervenção”, reforça Ana Vaz Ferreira.

“Cada vez mais, os alunos têm dificuldades crescentes em enfrentar os desafios decorrentes desta mudança entre níveis de ensino que leva a uma nova realidade, que exige mais autonomia e iniciativa. Mas, esta mudança é normalmente acompanhada pelo afastamento da família, a necessidade de criar novos laços sociais, além de todas a exigências relacionadas com a autonomia existente neste nível de ensino, tanto na gestão do tempo, como na organização do trabalho, e no equilíbrio entre a vida académica e social”, diz a vice-presidente do IPCB.

Para aquela responsável, “a promoção do sucesso escolar e o combate ao abandono exigem uma ação integrada por parte das instituições do ensino superior. Atuar em contexto de sala de aula não é suficiente, pelo que as estratégias devem abranger outros domínios que estão relacionados com a integração dos estudantes. A mudança do nível de ensino secundário para o ensino superior congrega um conjunto de novos desafios relacionados, em muitos casos, com o afastamento da família e a adaptação a um novo contexto, que provocam algum stress e ansiedade aos novos estudantes”.

Na elaboração desta estratégia, o IPCB teve “em conta o facto da promoção do sucesso escolar e do combate ao abandono merecem uma abordagem integrada, nomeadamente pelos diversos fatores que atualmente contribuem para ultrapassar este desafio”.  Ana Vaz Ferreira fala da “heterogeneidade do perfil dos novos estudantes e das suas realidades” a que acresce “uma sociedade em constante transformação. Isso exige que as Instituições de Ensino Superior sejam pró-ativas e tenham a capacidade de se renovar, de acompanhar a mudança e a transição, de estarem preparadas para receber os estudantes e contribuir para o seu crescimento pessoal, académico e profissional”.

O projeto tem quatro níveis de intervenção. O primeiro centra-se “na realização de Ações de Sensibilização, Encontros e Workshops sobre temas como a depressão, ansiedade, igualdade de género, LGBTQIA+, comportamentos de risco ou burnout, dirigidos a estudantes, pessoal não docente e pessoal docente”.

Num outro patamar surge a “criação de um espaço digital de convívio e interação, com a participação de pares e supervisão de dois psicólogos, com o intuito de promover a troca de experiências entre estudantes com dificuldades e outros colegas que enfrentam ou superaram problemas de saúde mental”.

Já o Nível 3 “consubstancia-se nas respostas terapêuticas, tais como o acompanhamento psicológico individual ou em grupo”, adianta a vice-presidente do Politécnico. Finalmente o último engloba a realização de consultas com um médico especializado em Clínica Geral e Familiar, as quais serão destinadas a estudantes deslocados nacionais e internacionais”.

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