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Dispositivo inovador de cirurgia Curso na Covilhã

13-04-2022

A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI) acaba de formar profissionais de saúde e estudantes no uso do equipamento Da Vinci, um equipamento cedido para o curso pela empresa ‘Excelência Robótica’, que abre um novo universo nas intervenções cirúrgicas, marcado pela segurança para o doente, maior eficácia na operação e por um período recuperação mais reduzido.

A iniciativa foi desenvolvida pelo Curso de Cirurgia Robótica e permitiu ministrar formação individualizada a 36 pessoas de todo o país, incluindo ilhas. “É uma formação com impacto, porque entendemos que isto é algo inovador, não só na cirurgia geral, mas em especialidades como a urologia, a ginecologia, a cirurgia torácica e a cirurgia pediátrica”, explica Mário Rui Gonçalves, responsável pelo Centro de Simulação Cirúrgica (CUBI), membro da organização.

Na Covilhã foi possível conhecer os três componentes principais do sistema, nomeadamente a consola do cirurgião, o carrinho do paciente (com quatro braços robóticos) e a torre de visão. Está ainda disponível um simulador virtual acoplado, que permite aos participantes ter uma introdução aos comandos da máquina.

Os 36 participantes experimentaram o equipamento ao longo de aproximadamente duas horas e de forma individualizada. Ao mesmo tempo, os técnicos da empresa parceira recebem toda a comunidade, estudantil ou outra, que pretendeu conhecer o dispositivo.

“Estamos a desempenhar o papel de alertar os estudantes e abrir-lhes os horizontes para uma área que pode não despertar tanto interesse num determinado momento da sua carreira académica. Ao verem que as antigas especialidades cirúrgicas estão cada vez mais ligadas à tecnologia, podem começar a desenhar o seu percurso com ligação à robótica, com a característica de tecnologia ligada ao tratamento cirúrgico dos doentes”, salienta Mário Rui Gonçalves.

Além da possível mudança de mentalidade dos estudantes, a FCS-UBI está também a divulgar uma técnica que terá grande impacto nos próximos anos, acrescenta o docente da Faculdade de Ciências da Saúde, lembrando que “Portugal está ligeiramente atrás da União Europeia e dos Estados Unidos”, em relação à cirurgia robótica. “Também queremos incentivar, despertar a opinião pública e as autoridades para o investimento que é necessário fazer, para bem dos nossos doentes”, diz.

O Curso Robotic Touch contou com a presença de Eugénio Vicente, da Excelência Robótica. Ao longo das sessões e visitas, vai dando conta de algumas das muitas vantagens da mais recente versão do Da Vinci. “Não dispensa a equipa cirúrgica, mas permite mais fiabilidade e precisão dos movimentos, trabalhar com quatro braços mecânicos, reduzir as perdas de sangue, melhorar o tratamento dos tecidos, diminuir o tempo de recuperação pós-operatória e o cansaço do cirurgião, que muitas vezes tem de fazer várias intervenções por dia”, enumera Eugénio Vicente.

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