A eleição de 10 de março deste ano será a 3ª de 4 a decorrer no primeiro semestre (com o risco de se repetir ainda este ano, caso não surja uma solução governativa estável). Este período decorre com forte agitação social numa altura em que a democracia, por todo o mundo, mostra perigosas fragilidades. Educação, polícias, agricultores, imigração, justiça e habitação são fortes exemplos do mau estar dos cidadãos.
No passado dia 27, em Lisboa, decorreu uma marcha pelo direito a vivermos numa casa. A manifestação saiu da Alameda Afonso Henriques e foi até ao Martim Moniz; mesmo ao lado, na Rua do Bem formoso, vivem mais de sete dezenas de nacionalidades, muitos deles alugando não uma casa, nem um quarto, apenas aquilo que atualmente se designa por cama quente. Este tipo de espaço é alugado ao dia, ou parte dele, tem-se direito a um colchão que, no final, fica imediatamente livre para o seguinte utilizador. Todos merecemos melhor!