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Receitas das Avós e vinhos Quinta do Vale da Carvalhinha Apresentação elevou Feira do Pinhal

09-08-2023

O livro “Receitas das Avós – 2º Volume” e os vinhos premium Quinta do Vale da Carvalhinha foram apresentados, no passado dia 5 de agosto, em Oleiros, na XXI edição da Feira do Pinhal. A sessão juntou a cultura gastronómica das cozinhas das avós que participaram com o seus saberes e sabores na edição do livro coordenado pelo jornalista João Carrega e pela professora Florinda Baptista, e a inovação com os vinhos produzidos no Orvalho, numa aposta do médico e cirurgião cardíaco, André de Lima Antunes.
A apresentação, que contou com a presença do presidente da Câmara de Oleiros, Miguel Marques, e do ex-presidente, Fernando Jorge, abriu o terceiro dia da Feira do Pinhal, naquele que é o mais importante certame de atividades económicas do Pinhal Interior, este ano dedicado aos 400 anos da descoberta do Tibete pelo Padre António de Andrade.
“Este é um livro de afetos e de sabores. De afetos porque procura transmitir, de uma forma muito simples e objetiva, o amor recíproco entre avós e netos. De sabores, porque nos apresenta um conjunto de receitas, confecionadas pelas Senhoras que aceitaram o nosso desafio, com as quais os netos (e bisnetos) se identificam. À primeira edição, já esgotada, juntámos agora novas receitas e novas histórias”, explicou João Carrega.
Já Florinda Baptista, num testemunho mais pessoal, transpôs para a cozinha da sua avó as cozinhas de todas as avós: Na cozinha da avó, o tempo era regular e seguro. Não havia doces, só por que sim. Mas era certo e sabido que nos “anos” havia sempre arroz doce, na Páscoa bolos fintos e a bolema de canela, e se fazia, na noite de 24 as filhós e as azevias de grão. (...) Fazer este segundo livro, tal como no primeiro, foi aprender muitas receitas e ouvir muitas histórias. É, por isso, um livro de afetos e de memórias. E as memórias são sempre felizes. São sempre contadas com um sorriso. A avó de 92 anos que explica que faz sempre as favas como a sua mãe fazia: em tempos de pouca abundância, só levavam farinheira e um pouco de açúcar amarelo para cortar o travo amargo das favas, explica. A sobremesa que a avó aprendeu na casa onde se hospedava em Lisboa e que agora faz para a neta. O coelho, que estranho, que não leva água, e que descobri, não precisa”.
E se as receitas abriram o apetite, a apresentação dos vinhos da Quinta do Vale da Carvalhinha, branco e tinto, abriram portas para uma degustação sem pressa. André de Lima Antunes explicou a aposta que está a fazer não só neste setor como no do azeite.
O cirurgião referiu que os vinhos têm 50% de touriga nacional, completados com tinta roriz, jaen e vinhas velhas já existentes na propriedade. Com a participação do enólogo José Cláudio Osório, os vinhos podem ser degustados não apenas às refeições principais, como em momentos de convívio, tal como referiu Cristiana Gaspar, também da Quinta do Vale da Carvalhinha.
“Digo muitas vezes que as minhas áreas de interesse são os corações, as bicicletas e o vinho. A cirurgia cardíaca ocupa-me muito tempo (...) os meus avós eram agricultores. Infelizmente já só tenho as minhas avós e não queria perder o interesse pelas minhas raízes. Se não tiver nada que me motive ir ao Orvalho, no futuro deixarei de ir lá. Sempre gostei da área do vinho. Recordo-me que o vinho do meu avô materno era considerado o melhor da aldeia”, justificou ao Reconquista o investimento que está a efetuar naquela freguesia.
Feitas as apresentações, o momento seguinte foi de degustação dos vinhos e de produtos regionais.

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