As obras para construção da nova residência estudantil do Politécnico de Viana do Castelo, no valor de 2,3 milhões de euros, tiveram início este mês, em Valença, e deverão estar concluídas no início do anovo ano letivo. O equipamento, financiado pelo PRR, nasce de uma parceria entre o Politécnico de Viana do Castelo e a Câmara Municipal de Valença, e vai mitigar a falta de alojamento na região.

O auto de consignação foi assinado a 8 de abril, num ato presidido pelo presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, pelo autarca de Valência, José Manuel Carpinteira, e pelo administrador do Grupo Casais, Carlos Peixoto. “É um marco muito importante para a consolidação da ESCE-IPVC, porque vem ajudar a resolver uma lacuna gigante na região, que passa pela falta e alojamento”, defende o presidente do Politécnico de Viana do Castelo.

Apesar de o promotor da empreitada ser o município de Valença, Carlos Rodrigues explicou que, “muito em breve, será assinado, entre a Câmara e o IPVC, um acordo de cedência de utilização do espaço”, à semelhança do que já aconteceu com o edifício onde funciona a Escola Superior de Ciências Empresariais.

Já o presidente da Câmara de Valença falou numa obra “prioritária” para o Município, porque irá “dar acolhimento aos alunos que chegam a Valença”. É uma obra, acrescenta José Manuel Carpinteira, que irá permitir “qualificar, ainda mais, a ESCE-IPVC enquanto estabelecimento de ensino superior nesta região transfronteiriça”.

O edifício, que começou esta segunda-feira a ser construído, será constituído por três pisos: no rés-do-chão ficarão instaladas as áreas comuns, como cozinha, espaços de refeição e de convívio. Já os dois pisos superiores serão compostos por 24 quatros duplos e oito individuais, num total de 56 camas.

A primeira residência estudantil em Valença ficará na história por ser a primeira obra pública nacional a nascer da aplicação do sistema híbrido e do método CREE Buildings, que aposta em edifícios sustentáveis e amigos do ambiente, recorrendo, por exemplo, ao uso de madeiras e “cimento verde”, ou seja, um cimento reutilizado, permitindo que a pegada ecológica seja consideravelmente inferior a outras construções similares.

Com a construção da residência estudantil em Valença, o Politécnico de Viana do Castelo consolida a posição nacional de instituição de ensino superior com o maior número de camas por número de estudantes. Com este novo equipamento, o IPVC soma perto de 700 camas para estudantes.