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Formação avançada para docentes na Guiné-Bissau IPSetúbal ministra formação avançada na Guiné-Bissau

15-02-2022

A Escola Superior de Educação de Setúbal está a ministrar uma formação avançada na Guiné-Bissau, que se dirige aos docentes das escolas de formação de educadores e professores de todo o país, no âmbito do Programa de Reforço de Capacidades do Sistema Educativo (PRECASE), que decorre desde 2019.
A ação, que arrancou oficialmente a 31 de janeiro, com a presença de uma equipa de quatro docentes da ESE/IPS, terá a duração de um ano (750 horas), seguindo um modelo de ensino-aprendizagem híbrido, conjugando metodologias online e presenciais.
A formação acreditada pela ESE/IPS abrange todas as Escolas de Formação Inicial do país, permitindo aos professores com nível de bacharelato reforçar competências, aprofundar conhecimentos e obter o grau de licenciatura.
O envolvimento da ESE/IPS neste programa reveste-se, no entanto, de uma abrangência mais alargada. “O objetivo é reforçar as capacidades do sistema educativo e, nesse sentido, foram construídos planos curriculares com maior atualidade e adequados às necessidades de formação de educadores de infância e de professores do ensino básico”, referem Pedro Felício e Miguel Figueiredo, coordenadores da equipa da ESE/IPS, que envolve um total de 26 docentes.
Os responsáveis, que sublinham o “trabalho conjunto com os docentes e os responsáveis da Escola Normal 17 de Fevereiro, em Bissau, em articulação com o Ministério da Educação”, acrescentam a “introdução de metodologias de ensino mais dinâmicas, que poderão conduzir a melhores aprendizagens e, consequentemente, a uma melhor formação”.
De forma global, a equipa da ESE/IPS tem-se deparado com “a falta estrutural de recursos materiais, como livros ou materiais manipuláveis”, mas igualmente com “bastante adesão e motivação para a participação no projeto e para a adoção de novas formas de abordar os diversos conteúdos”, notam.
Quanto à última missão da equipa em Bissau, que decorreu de 29 janeiro a 05 de fevereiro, coincidindo com uma tentativa de golpe de Estado no país, os docentes falam de “uma experiência intensa, com muitas emoções”, que obrigou ao cancelamento imediato das atividades previstas para vários dos dias de formação. “Tal reduziu de forma relevante a concretização das atividades programadas, mas estamos a definir uma estratégia e calendário para as compensar”, garantem os coordenadores.
O PRECASE, que se prolonga até 2023, visa o aumento dos padrões de qualidade da educação e da aprendizagem nos subsistemas pré-escolar, ensino básico e secundário na Guiné-Bissau, sendo financiado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, implementado pela Fundação Fé e Cooperação (FEC), em parceria com o Ministério da Educação e Ensino Superior da Guiné-Bissau (MENES), ESE/IPS e Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

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