A Universidade Europeia atribuiu, pela primeira vez na sua história, o grau de Doutor Honoris Causa a Maria de Belém Roseira e António Gentil Martins, pelo seu inestimável e contínuo contributo para o desenvolvimento social e humano do nosso país. A homenagem teve lugar a 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, nas instalações da Europeia, em Lisboa.
“Temos a convicção profunda de que o reconhecimento do trabalho em favor da ciência, da ação social e cívica, expresso na dedicação à causa pública nas suas múltiplas responsabilidades, constitui um importante exemplo para as gerações mais jovens e, em particular, para os jovens estudantes que agora iniciam o seu percurso académico e profissional. É, por isso, uma honra que ambos passem a fazer parte do nosso corpo docente”, afirmou a reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira.
Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, Maria de Belém Roseira foi Ministra da Saúde, Ministra para a Igualdade e deputada em várias legislaturas. Desempenhou inúmeros cargos ao longo de mais de quatro décadas, dedicando grande parte da sua carreira à atividade política. “Tive o privilégio das circunstâncias da minha vida me terem proporcionado, fosse no desempenho de funções públicas, no exercício de cargos sociais em organizações da economia social, em Portugal ou no estrangeiro, no exercício de funções políticas ou, agora, de intensa atividade profissional e cívica ao serviço das causas mais variadas, a possibilidade de intervir na transformação para a melhoria da nossa comunidade e daquelas com que nos relacionamos. Fi-lo em consciência e com independência”, afirmou.
Licenciado em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina de Lisboa, António Gentil Martins dividiu a sua carreira entre o Instituto Português de Oncologia e o Hospital D. Estefânia. Ficará, para sempre, na história da Medicina em Portugal como o cirurgião que, há 40 anos, realizou a primeira operação de separação de siameses no nosso país. Entre as várias associações e instituições que integra, é o único Membro de Honra no mundo, além de fundador, das sociedades internacionais que trabalham nas áreas da Oncologia Pediátrica.
“Sempre acreditei e, aliás, sempre ainda defendi que uma Ordem dos Médicos existe para defender os doentes, mas não pode também deixar de defender os médicos e de lutar para que tenham condições adequadas de trabalho e compensação. Sem profissionais bem tratados, estimulados, com carreiras e com segurança, não poderá haver boa medicina”, afirmou Gentil Martins, cujas grandes lutas foram, por um lado, fazer renascer a Ordem dos Médicos e, por outro, procurar ter no país um adequado sistema de saúde.