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Desencadeadores ambientais na Ria Formosa UAlg investiga

19-04-2021

Isabel Mendes, investigadora do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve, em colaboração com Joachim Schönfeld, investigador do Centro Helmholtz para a Investigação dos Oceanos (Geomar), na Alemanha, acabam de publicar um artigo sobre os desencadeadores ambientais que levam a alterações nas faunas da Ria Formosa.

O artigo visa aprofundar o conhecimento sobre o padrão de resposta dos foraminíferos bentónicos (micro-organismos que vivem no fundo do oceano sobre o sedimento ou dentro dele) às perturbações ambientais. O estudo realizou-se com base na monitorização anual destes micro-organismos, que podem ser entendidos como uma espécie "ferramenta" em trabalhos de monotorização ambiental.

"A recolocação da barra do Ancão e a abertura de condutas no acesso à Praia de Faro, no inverno de 2015, desencadearam uma resposta rápida na abundância e densidade dos foraminíferos bentónicos, identificando-os como poderosos indicadores ambientais", explica a investigadora da UAlg.

Este estudo demonstra que as intervenções feitas pelo homem na Ria Formosa, nomeadamente a recolocação da barra do Ancão e a abertura das condutas feitas no acesso à Praia de Faro, desencadeiam alterações nas faunas da Ria, nomeadamente na abundância e diversidade dos foraminíferos bentónicos, que são indicadores muito sensíveis às perturbações ambientais. É muito relevante não só para a comunidade científica, mas também para gestores locais e público em geral, para aferir de forma rápida as variações ambientais e para estudos de monitorização mais precisos.

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