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Universidade Universidade de Évora: Música de Sérgio Godinho é sofisticada e inovadora

22-04-2021

Sérgio Godinho é um músico sofisticado e inovador. Esta é a conclusão de um estudo desenvolvido na Universidade de Évora, por Vasco Belo, na sua tese de mestrado.

Citado em nota enviada ao Ensino Magazine, Vasco Belo explica que apesar de utilizar "instrumentos tradicionais portugueses, e de pontualmente utilizar ambientes rítmicos com algumas afinidades com a música tradicional portuguesa, não é isso que define a música do compositor Sérgio Godinho".
No entender daquele investigador a música do compositor a sua música é “dotada de uma enorme sofisticação rítmica, melódica e harmónica que o tornam um músico fundamental, e a sua música um veículo de excelência para o músico improvisador”.

Vasco Belo considera que a "sua definição como músico popular português parece, porém, resultar mais da sua origem nacional e localização geográfica do que dos elementos que compõem a sua música”.

Na mesma nota o estudante da UÉ recorda que a improvisação como método de composição musical existe desde sempre nas mais diversas tradições musicais, onde o jazz, no início do século XX, veio dar um novo fôlego à sua utilização, recorrendo este à música popular da época como ponto de partida para novas peças musicais. Nnão tendo a mesma simplicidade da música popular norte-americana do início do século XX, a música de Sérgio Godinho pode em muitos casos ter de sofrer reduções para que possa proporcionar ao músico improvisador os elementos necessários para a sua utilização” , justifica.

Vasco Belo adianta que a análise efetuada à música de Sérgio Godinho demonstrou que esta “contém elementos musicais comuns na música improvisada, mas combinados com elementos menos comuns, originais, de considerável sofisticação, que não só podem fazer da sua música um veículo de excelência para a improvisação, como podem ainda suscitar no músico improvisador novas abordagens ao seu reportório habitual”.
Como exemplos, surgem temas bem conhecidos como «O Elixir da eterna juventude» ou de «Com um brilhozinho nos olhos».

O investigador revela que enquanto músico de Jazz habituado a admirar compositores como Wayne Shorter, Thelonious Monk, ou John Coltrane só para referir alguns, este estudo “permitiu-me constatar que Sérgio Godinho tem igual nível de sofisticação e inovação na sua música. Isto é aliás o que eu gostaria de destacar neste trabalho” revela, esperando que este trabalho possa “contribuir para que mais estudos deste género sejam produzidos, e que dessa forma seja não só feita justiça a um dos grandes compositores portugueses, como se aproveite uma oportunidade para aprender com um dos mais importantes artistas da nossa história”.

Página oficial de Sérgio Godinho
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